ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS E PERFORMANCE

O índice glicêmico de um alimento se refere à velocidade com a qual o carboidrato presente no mesmo é processado, absorvido e disponibilizado como forma de glicose na corrente sanguínea.

Portanto, preste atenção ao que você consome!

1 hora antes do treino, dê preferência aos alimentos de índices glicêmicos mais baixos. Eles reduzem o pico de glicemia/insulinemia e previnem a queda dos ácidos graxos plasmáticos. A consequência disto é uma menor taxa de oxidação de carboidratos durante o exercício e um efeito poupador do glicogênio muscular e hepático, permitindo a realização da atividade por um tempo mais longo e com mais qualidade.

Como exemplos práticos temos os alimentos integrais, cereais, aveia, pão de centeio, batata doce, maçã, pera, iogurte light, barrinha de cereal, amendoim, etc.

DEFINIÇÃO MUSCULAR

A maioria dos atletas que procuram um consultório endocrinológico estão em busca de uma hipertrofia muscular, porém, após a anamnese, descobrimos que o paciente realmente quer é uma definição muscular. Não adianta ter uma grande quantidade de massa muscular se esta está escondida por uma capa de gordura.

O grande desejo de todos é o aumento da massa magra com uma redução da porcentagem de gordura corporal, mas, infelizmente, estes objetivos são divergentes. No processo de hipertrofia muscular SEMPRE há um ganho de gordura.

As alterações hormonais que ocorrem na hipertrofia são antagônicas ao processo de definição muscular. Deve-se ter uma meta e direcionar o foco, caso contrário será como um cabo de guerra em que o centro não sai do lugar.

Ao ser decidido pela definição muscular o paciente deve receber uma dieta equilibrada, uma atividade física direcionada, uma suplementação adequada, e se necessário, o uso de medicamentos específicos.

O paciente deve receber uma dieta personalizada, hipocalórica (200 a 500 kcal a baixo do gasto energético diário) e levemente hiperproteica (até 1,8 gr/kg de peso corporal)

No treinamento específico para definição muscular há uma redução da intensidade e um aumento do volume do treinamento (aumento do número de repetições com redução do peso carregado). Deve-se diminuir ou suspender os intervalos de descanso entre as atividades, para transformar a musculação em um treinamento aeróbico. Na persistência do intervalo de descanso superior a 30 segundo há uma recuperação dos estoques de ATP e creatina muscular pelo metabolismo do glicogênio hepático/muscular, não sendo necessário o uso da energia estocada nas células adiposas.

A realização de musculação apenas 2 x por semana já é suficiente para reduzir ao máximo a perda de massa magra, assim, podemos nos focar em atividades aeróbicas otimizadas para a perda de gordura.

Muito cuidado com o uso de suplementos alimentares, já que a maioria são hipercalóricos e o objetivo é cortar caloria. Uma suplementação pré-treino bem elaborada pode reduzir o catabolismo muscular, facilitar a via metabólica da gordura ao invés do glicogênio muscular, reduzir a fadiga e disponibilizar mais energia para um aumento do tempo de exercício, permitindo um maior gasto de calorias.

Alguns pacientes necessitam do uso de medicamentos para reduzir a vontade de comer doce, reduzir a ansiedade e com isso a compulsão alimentar, aumentar a saciedade, impedir a redução do metabolismo estimulada pela perda de peso e reduzir a absorção intestinal de nutrientes.

Os profissionais envolvidos no atendimento do atleta (endocrinologista, nutricionista e educador físico) devem se comunicar e traçar juntos uma meta para cada paciente.

SUPLEMENTOS ALIMENTARES NA GESTAÇÃO E NO ALEITAMENTO

Infelizmente, não há estudos suficientes que relacionem as suplementações com a segurança do feto e do recém-nascido/lactente. Por isso, o uso de suplementos alimentares deve ser usado com muita cautela na gestante e na nutriz.

Além disso, ainda é muito comum a contaminação dos suplementos por esteroides anabolizantes, que poderão acarretar em aborto, malformação fetal, masculinização do feto feminino (hermafroditização), cessação do leite materno e puberdade precoce.

Antes de optar pela suplementação de mulheres grávidas ou lactantes, o prescritor tem que conhecer muito bem a qualidade e a segurança do produto a ser prescrito. Procure um especialista!

GINECOMASTIA

GinecosmatiaA ginecomastia é uma proliferação benigna de tecido glandular na mama masculina. É causada pelo desequilíbrio entre a ação inibitória da testosterona e a ação estimuladora dos estrogênios sobre o tecido mamário.

Fisiologicamente, aparece no recém-nascido, na puberdade e no idoso, porém, atualmente, seu aparecimento está muito associado ao uso de anabolizantes esteroides (final do ciclo), suplementações alimentares contaminadas por hormônios e a terapia com HCG.

Até o primeiro ano do surgimento podemos realizar o tratamento medicamentoso. Depois disso, apenas cirurgia plástica corretiva.

BETA ALANINA

BetaAlaninaPor ser o aminoácido limitador da síntese de carnosina, a suplementação de Beta Alanina pode aumentar a concentração de carnosina intramuscular em até 80%, melhorando assim a performance em exercícios de até 240 segundos, ao atenuar o aumento da acidez muscular induzida pelo exercício.
A melhora da performance é demonstrada pelo aumento do tempo até a exaustão, o aumento da velocidade máxima e a redução da percepção de fadiga. Não aumenta a força muscular, mas permite o aumento do volume de treinamento, aperfeiçoando a hipertrofia e/ou a definição muscular.
Além disso, a carnosina pode diminuir o estresse oxidativo ao reduzir a produção de radical livres pelo íons cobre e ferro.
A Beta Alanina está presente em quase todos os pré-treinos, porém em uma dose insuficiente para o acúmulo muscular, sendo portanto, ineficiente nestes produtos.
Como efeito colateral, ocorre principalmente a parestesia na face, no pescoço e no dorso da mão.

Óleo de coco

Posicionamento oficial das Sociedades Brasileiras de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e de Obesidade (ABESO) sobre o uso do óleo de coco para perda de peso.

Considerando que:
1. Muitos nutricionistas e médicos estão prescrevendo óleo de côco para pacientes que querem emagrecer, alegando sua eficácia para tal propósito;
2. Não há qualquer evidência nem mecanismo fisiológico de que o óleo de côco leve à perda de peso;
3. O uso do óleo de côco pode ser deletério para os pacientes devido à sua elevada concentração de ácidos graxos saturados, como ácido láurico e mirístico;

A SBEM e a ABESO posicionam-se frontalmente contra a utilização terapêutica do óleo de coco com a finalidade de emagrecimento, considerando tal conduta não ter evidências científicas de eficácia e apresentar potenciais riscos para a saúde.

A SBEM e a ABESO também não recomendam o uso regular de óleo de coco como óleo de cozinha, devido ao seu alto teor de gorduras saturadas e pró-inflamatórias.

O uso de óleos vegetais com maior teor de gorduras insaturadas (como soja, oliva, canola e linhaça) com moderação, é preferível para redução de risco cardiovascular.

Saiba mais em endocriologiaesportiva.com.br

SUPLEMENTAÇÃO DE BCAA NA DEFINIÇÃO MUSCULAR

BCAA e definição muscular

A suplementação de BCAA ajuda na regulação do catabolismo muscular, ao suprimir a degradação da fibra muscular durante o exercício e ao estimular a sua síntese proteica no período de recuperação.
Uma pesquisa publicada em Jan/2016 no Jornal Internacional de Nutrição Esportiva, comprovou que a suplementação de BCAA (14 gr antes e 14 gr após o treino) associada a um treinamento de resistência (musculação 4 x semana) impediu a perda de massa muscular em atletas com restrição calórica que buscavam uma definição muscular.

Após 8 semanas de estudo, o grupo que fez uso de BCAA ganhou 0,5 kg de massa muscular enquanto o grupo placebo perdeu 0,9 kg. Houve também um maior ganho de força no grupo do BCAA.

Ficou claro que este efeito do BCAA na manutenção da massa muscular é dose-dependente, já que vários outros estudos não comprovaram esta ação quando a dose suplementada foi de 9 gr ao dia.

Deve ser de conhecimento que 28 gr de BCAA ao dia, equivaleria a 24 cps do BCAA 2400 mg da probiótica e custaria em média 350 reais ao mês.

ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO E EMAGRECIMENTO

ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO E PERDA DE PESO

 

 

O Ácido Linoleico Conjugado (CLA) é muito propagado como suplementação emagrecedora. É postulado que o CLA aja nas células de gordura, diminuindo a sua formação e acelerando a sua quebra.

Uma revisão literária com 25 estudos caracterizou o CLA como um suplemento sem eficiência comprovada, já que 16 dos 25 estudos não demostraram qualquer benefício desta suplementação.

Alguns estudos sugeriram que o CLA associado à atividade física, pode ajudar na perda de peso dos pacientes com sobrepeso ou obesidade (apenas estes 2 grupos), ao reduzir o metabolismo da glicose e ao estimular o metabolismo da gordura.

Porém, infelizmente, por poder aumentar a resistência insulínica, reduzir o colesterol bom (HDL) e aumentar o colesterol ruim (LDL), o uso do CLA aumenta o risco de doença cardiovascular nestes pacientes, que já apresentam um risco aumentado.
Não há qualquer benefício comprovado na definição muscular e na melhora do desempenho esportivo.

Como os benefícios são duvidosos e os malefícios são comprovados, a suplementação com o CLA não é liberada no Brasil.

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DIFICULDADE NA HIPERTROFIA MUSCULAR?

Dificuldade na hipertrofia

Apesar de uma alimentação adequada, seguindo uma dieta hipercalórica e hiperproteica; uma suplementação específica, com creatina, beta-alanina, BCAA , whey protein, etc; e mesmo a realização de atividade física direcionada, muitas vezes existe uma grande dificuldade de se conseguir a hipertrofia muscular desejada.

Existem causas médicas que justificam essa dificuldade de ganhar massa magra. Entre estas estão:
– distúrbios endocrinológicos: alterações da hipófise, adrenal, tireóide, ovários, testículos, pancreáticas, etc.
– desordens sistêmicas: alterações renais, hepáticas, gastrointestinais, etc.
– infecções e inflamações
– efeitos medicamentosos, geralmente provocados pelo uso de corticoides, anti-inflamatórios, anticoncepcionais, antidepressivos, etc.

Se você segue todas as regras para obter a hipertrofia, mas mesmo assim não consegue os resultados que quer, procure um endocrinologista. Seu processo de anabolismo muscular pode estar afetado por alguma razão que só ele saberá te dizer.