LIRAGLUTIDA: PERDA MÉDIA DE 8,4KG EM 56 SEMANAS!!!

LiraglutidaVocê já ouviu falar no uso da liraglutida no controle da obesidade?

O estudo SCALE, liberado em 2015 e realizado com 3.731 pacientes, mostrou excelentes resultados quando o uso de liraglutida foi feito em associação a um estilo de vida saudável.

Para entender melhor, a liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1, ou seja, possui um composto ativo que imita o hormônio natural produzido pelo intestino. E porque esse hormônio estimula a liberação de insulina pelo pâncreas proporcional ao nível de glicose, é um medicamento utilizado no tratamento de diabetes desde 2011, e por também inibir o apetite, após o estudo SCALE, foi liberado no Brasil em 2016 para o controle de peso de adultos obesos ou com sobrepeso.

De acordo com o estudo, após 56 semanas, a média de peso perdida pelo grupo da liraglutida foi de 8,4 kg, tendo paciente que perdeu até 15,7 Kg. No estudo, 63,2% dos pacientes perderam mais de 5% de peso e 33,1% perderam mais de 10%. Já no grupo placebo, os resultados foram bem inferiores, havendo uma perda de peso média de 2,8 kg, sendo que apenas 27,1% dos pacientes perderam mais de 5% de peso e que 10,6% dos pacientes perderam mais de 10%.

O processo de perda de peso está relacionado à redução do apetite e do consumo energético diário. A perda de peso se manteve após a descontinuidade da medicação e, aparentemente, é mais eficaz em pacientes com o IMC menor que 40.

Além da perda de peso, os pacientes apresentaram uma maior redução da pressão arterial, da circunferência abdominal, da glicemia, dos lipídeos e dos marcadores de fatores de risco de doenças cardiovasculares.

Mas atenção! Como toda medicação, o uso do liraglutida apresenta indicações, contraindicações e efeitos colaterais. Portanto, sua prescrição deve ser feita apenas por um endocrinologista.

TIPOS DE ABDOMINAIS PARA PERDER BARRIGA

A medida que vamos engordando, os principais locais de acúmulo de gordura seguem uma ordem individual, assim, o primeiro local a depositar gordura também será o último a perder.

Caso a sua ordem de acúmulo de gordura seja inicialmente no culote e depois progredindo para barriga, coxa, antebraço e face, a sua ordem de perda será o inverso. (Face> antebraço > coxa > barriga> culote).

Infelizmente, através da atividade física não há como queimar gordura em um ponto específico.

Devemos lembrar que a perda de gordura é difusa, enquanto a hipertrofia muscular é localizada, então, os ditos abdominais para perder barriga podem na verdade aumentá-la.

 

VIAJEI E ENGORDEI! E AGORA?

Viajei e engordei

É uma reclamação quase universal o ganho de peso após uma viagem.
Ao sairmos da rotina alteramos totalmente o nosso estilo de vida. Além de piorar muito a alimentação, reduzimos ou suspendemos a prática do esporte.
Ao chegar, não se assuste com o seu peso, pois parte dele é edema causado pelo aumento da ingesta de sal e/ou de bebidas alcoólicas e reduzirá em 1 semana.Cada indivíduo apresenta uma relação peso basal x metabolismo basal.
Então, se aumentarmos ABRUPTAMENTE de peso nosso metabolismo tende a acelerar para retornarmos ao peso basal.
Caso o seu peso estivesse estável antes de viajar, não se preocupe, pois com o retorno às atividades diárias o mesmo retornará ao basal em umas 3 semanas.
Aqueles que emagreceram para viajar poderão ter um maior ganho de peso, já que estarão com uma desaceleração metabólica durante a viagem. Portanto, seu peso provavelmente retornará àquele pré-emagrecimento.
O conselho é sempre levar o seu tênis para aonde for. Esporte é vida e rua tem em todo lugar.

COMER DE 3 EM 3 HORAS EMAGRECE?

COMERDE3EM3HORASO simples fato de comermos de 3 em 3 horas não emagrece e muito menos acelera o metabolismo. Os principais estudos sobre emagrecimento demostraram que o importante não é a quantidade de vezes que você se alimenta ao dia, mas sim a quantidade diária de caloria ingerida.


A frase correta seria comer de 3 em 3 horas AJUDA a emagrecer, pois com fome nos alimentamos mais rápido e com uma maior tendência a escolher alimentos hipercalóricos, não dando tempo suficiente para os hormônios da saciedade e da redução do apetite agirem, então, acabamos comendo mais calorias do que deveríamos.


Se for lanchar com fome a dica é comer antes uma fruta e aguardar aproximadamente 10 minutos para reduzir o apetite e, no almoço, sempre começar pela salada e legumes.

GASTAR CALORIAS NÃO É IGUAL A QUEIMAR GORDURA

GastarCaloriasExiste um intervalo ideal de intensidade para atividades físicas específicas para perda de gordura corporal (60 a 75% do VO2 max). Ao exceder esta intensidade há um aumento do gasto calórico total, porém, com uma redução significativa da queima de gordura e com um aumento do uso de glicose hepática e muscular como fonte de energia.

Ao término do exercício, esta reserva de glicose será reposta principalmente pela dieta, não havendo um aumento importante da queima de gordura durante o repouso.

Então, se sua meta é perder peso, como você cansará menos nesta zona de intensidade, o melhor é aumentar o seu tempo total de treinamento.

A melhor maneira de estabelecer estas intensidades é pelo teste ergoespirométrico.

EFEITO SANFONA E O FUTURO AUMENTO DE PESO

sanfona

O processo cíclico de perda e reganho de peso através de adaptações hormonais (leptina, adiponectinas, cortisol, etc.), muito utilizado por lutadores para competir numa categoria de peso inferior, estimula a hiperplasia das células adiposas (gordura), o que leva a um maior ganho de peso a longo prazo.

Portanto, os atletas que fazem uma dieta agressiva pré-temporada, vão apresentar um desafio cada vez maior para otimizar sua composição corporal nas temporadas subsequentes.

As mesmas alterações ocorrem nos pacientes que perdem peso rapidamente através de fórmulas mal elaboradas. Notamos um ganho de peso acima do perdido, além da associação indesejada das estrias e celulites.

Por isso, para alcançar seu objetivo trace uma meta e procure uma orientação adequada. Soluções mágicas podem trazer péssimas surpresas.

TREINAMENTOS INTERMITENTES DE ALTA INTENSIDADE (HIIT)

Os HIIT são aqueles treinamentos em que os atletas apresentam períodos de ataques de alta intensidade, intercalados com intervalos de recuperação ativa. Os períodos de atividade intensa podem durar de 5 segundos a 8 minutos e devem ser realizados com a frequência cardíaca de 80 a 90% da máxima e os períodos de recuperação podem ser igualmente longos e, usualmente, são realizados com a frequência cardíaca de 40 a 50% da máxima. A relação entre atividade intensa e recuperação ativa é normalmente de 1:1.

O treinamento HIIT melhora a capacidade aeróbica e anaeróbica, a pressão arterial, a saúde cardiovascular, a sensibilidade à insulina, o controle da glicose e do colesterol e a redução da gordura abdominal.

Os HIIT podem ser realizados em várias modalidades, como musculação, crossfit, corrida, ciclismo, caminhada, natação, futebol, handebol, basquete, vôlei, tênis, mountain-bike, entre outros. Um dos motivos da febre dos HIIT é a queima acelerada de calorias, principalmente após o término do treinamento. Após uma atividade física intensa, temos um déficit de oxigênio pós exercício (EPOC), assim, a nossa taxa metabólica fica mais acelerada por mais duas horas (em média) com o intuito de restaurar a homeostase corporal. Com um treino HIIT bem elaborado, este período EPOC aumenta de 6 a 15%, aumentando assim o gasto energético total. Essa forma de treinamento é mais exaustiva que uma atividade aeróbica comum (endurance) e, por isso, um maior período de recuperação é necessário.

POR QUE É TÃO DIFÍCIL EMAGRECER?

Isso acontece devido ao que chamamos de “paradoxo da dieta”.
O que a gente precisa para emagrecer? Deficit de caloria (gastar mais e consumir menos).
Só que o seu corpo não entende que você está emagrecendo por escolha, seja por questão de saúde ou por estética; mas que você, assim como os seus antepassados, está passando por uma restrição calórica ambiental e que, como eles, pode vir a morrer de fome. Por isso, ele ativa os genes de adaptação metabólica para garantir a sua sobrevivência.
Há um novo equilíbrio hormonal, com aumento dos hormônios orexígenos que dão fome e reduzem o seu metabolismo, além de redução dos hormônios anorexígenos que dão saciedade, tendo como objetivo o aumento da fome, absorção e armazenamento de nutrientes e redução do gasto energético basal.
Está aí o paradoxo: você sabe que tem que comer menos, mas o seu corpo te manda comer mais!
Tem um estudo recente que mostra que para cada 1kg de peso perdido, você tem uma redução no metabolismo diário de 35 calorias e um aumento na fome diária de 100 calorias. Supondo que o seu gasto energético total seja de 2.000 calorias, após perder 5 kg a sua fome passa para 2.500 calorias e o seu metabolismo reduz 175 kcal.
O que fazer então?
Uma dieta de baixa caloria, mas uma dieta bem feita. Nem sempre retirar mais calorias é o melhor. Você não precisa ter um deficit extremo. O que você precisa é de alimentos de alto volume e baixa densidade energética. Em alguns casos, a prescrição de medicamentos é necessária para ajudar a reduzir o apetite e aumentar a saciedade.

COVID-19: A OBESIDADE É MESMO UM FATOR DE RISCO?

Sim! A obesidade está associada aos casos severos da Covid-19.

A relação foi confirmada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) em um estudo recente, publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report. Foram avaliados 150 mil adultos e as análises mostraram que o risco de ser hospitalizado é:

– 7% maior para adultos com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 34,9 (equivalente à obesidade grau I)

– 33% maior para aqueles com IMC de 45 (obesidade grau IV)

Mais alarmante ainda são os índices de intubação. Enquanto adultos com sobrepeso (IMC de 25 a 29,2) têm 12% a mais de chances de serem intubados, esse risco é de 108% em pacientes com o IMC de 45 ou mais.

O risco de morte varia de 8% a 61% em pessoas com IMC a partir de 30.

Todos os valores foram comparados às pessoas com IMC saudável (entre 18,5 e 24,9).

Portanto, não descuide da sua saúde. Usar máscara e higienizar as mãos é muito importante, mas ter uma alimentação saudável e manter o peso ideal é fundamental.