DOPING INADVERTIDO (Cuidado com a escolha dos suplementos)

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Está crescendo exponencialmente o número de suplementos alimentares que reivindicam um enorme crescimento da massa muscular e da força, além de estimular a definição muscular.

Estes efeitos são atribuídos a novos ingredientes e a fórmulas fantasiosas, porém, a análise destes produtos mostram na verdade uma contaminação por esteróides anabolizantes (metandienona, oxandrolona, dehidroclorometiltestestorona e estanozolol) ou por termogênicos (clembuterol).

Para se prevenir dos casos inadvertidos de doping, os atletas devem evitar o consumo dos suplementos alimentares que propagam um extremo e rápido ganho de força e massa muscular, assim como perda de gordura.

Infelizmente, nos últimos 4 anos, uma nova fonte de doping inadvertido está atraindo a atenção dos médicos do esporte, que é a contaminação de carnes por clembuterol, que promove um crescimento mais rápido e acelera o abate dos animais.

Os atletas que viajam para a China e para o México devem tomar muito cuidado com a alimentação, já que lá o risco de contaminação da carne é maior. Outras possíveis fontes de contaminação de origem animal como o leite e os miúdos não podem ser descartadas.

Uma outra causa de doping inadvertido é o consumo de cereais (principalmente do milho) contaminados por fungos da espécie Fusarium SP, que produzem uma micotoxina com efeito estrogênico (ZEA –zearalenona). Portanto, os atletas devem evitar o consumo de marcas de cereais diferentes das prescritas.

Consulte sempre um endocrinologista, médico do esporte ou nutricionista esportivo antes de iniciar o uso de qualquer suplemento alimentar

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REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL DURANTE O EXERCÍCIO NO CALOR

Regulação da temperatura corporal durante o exercicio no calor

Durante o exercício físico apenas 20 a 30% da energia produzida pelo metabolismo será utilizada no trabalho muscular, sendo os 70 a 80% restante transformados em calor.

Para manter a temperatura corporal adequada durante o exercício, a evaporação através da sudorese é a principal forma de perda de calor.

Devemos ter em mente que não é o suor por si só que resfria a pele e sim a sua evaporação, assim, devemos evitar de secar o corpo com toalhas durante as atividades indoor.

Para facilitar o processo de evaporação, devemos nos exercitar em ambientes frios e com baixa umidade do ar (de manhã cedo ou ao final do dia), aumentar a exposição da pele ao meio ambiente (usar menos roupa) e praticar esporte em um ambiente mais ventilado.

Nas provas de corridas de rua uma ótima maneira de resfriar o corpo é derramar sobre ele a água gelada oferecida nos pontos de apoio.

A hipertermia irá piorar a performance do atleta ao reduzir a taxa de degradação do glicogênio muscular, ao aumentar a produção de radicais livres, ao reduzir o fluxo sanguíneo muscular (aumento do fluxo para a pele), ao levar a desidratação e ao estimular o mecanismo de fadiga central.

O QUE É ENDORFINA?

O que é endorfina

A Beta-endorfina é o hormônio do prazer liberado durante a atividade física e tem como função a modulação da dor e do humor do atleta. É devido ao seu efeito analgésico que muitas vezes machucamos durante uma prova, mas só notamos quando “o corpo esfria”.

Sua produção depende da associação do aumento plasmático do lactato e das catecolaminas, por isso, sua liberação ocorre apenas em exercícios mais intensos que ultrapassam o limiar anaeróbico (> 75-85% da FC submáxima) ou em atividades aeróbicas moderadas com duração superior a 60 minutos (> 55% da FC submáxima). Uma simples caminhada não liberará endorfina, porém, em um treinamento de alta intensidade intermintente (HIIT) pode haver um aumento de 4 a 7 x.

Os picos de endorfinas são reconhecidos como um sistema de recompensa e estimula o atleta a continuar a pratica de exercícios. A cessação do treinamento regular e a consequente falta da endorfina pode levar a depressão, sendo considerada uma parte da síndrome de destreinamento. Similarmente, o esporte é um importante fator no tratamento e na prevenção da depressão.

O QUE É UM ENDOCRINOLOGISTA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE?

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O Endocrinologista e Metabologista é o médico especialista em hormônios e metabolismo. Para ser reconhecido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o médico formado tem que se especializar por dois anos em clínica médica e por mais dois anos em endocrinologia e metabologia, além de prestar e passar na prova de título realizada anualmente pela sociedade (SBEM).

O endocrinologista é especializado em obesidade, doenças da tireóide, paratireóide, adrenal, hipófise, ovários, testículos, pâncreas (diabetes), metabolismo ósseo, retardo e aceleração do desenvolvimento sexual, baixa e alta estatura, deficiência de vitaminas e sais minerais, hirsutismo (excesso de pêlos) e dislipidemia (gordura no sangue).

O endocrinologista com ênfase no esporte, associa todos os seus conhecimentos em hormônios e metabolismo com a fisiologia do esporte, a nutrição e nutrologia esportiva (suplementação alimentar) e as bases do treinamento físico, com a intensão de aperfeiçoar o desempenho dos atletas (recreativos e profissionais), a composição corporal (FITNESS – reduzir gordura e aumentar a massa muscular) e a qualidade de vida.

O endocrinologista esportivo deve sempre trabalhar em equipe com o nutricionista esportivo e com o educador físico, pois para alcançar o foco desejado o atleta deve ter uma alimentação balanceada e praticar uma atividade física orientada e específica. Estes profissionais não se anulam, mas se potencializam!

 

 

O ANTI-INFLAMATÓRIO E O ATRASO NA RECUPERAÇÃO DAS LESÕES

Anti-inflamatório e o atraso na recuperação das lesões
O uso de anti-inflamatórios inibidores da COX 2, como Aspirina, Indometacina, Naproxeno e Piridoxicam, podem atrasar o processo de recuperação de um tendão lesionado ao reduzir a resposta fisiológica aos microtraumas.

Em um processo de cura, tanto muscular como ligamentar, a área lesionada sofre um processo de inflamação, que estimula a irrigação sanguínea local, liberando os macrófagos responsáveis pela fagocitose das células lesionadas e liberando fatores de crescimento locais que irão estimular a substituição do tecido lesionado por um novo.

Ao inibir a inflamação, inibi-se todo este mecanismo. Ao contrário dos anti-inflamatórios, a carga mecânica apresenta efeitos positivos sobre a cicatrização, por isso não se deve evitar totalmente o movimento, a não ser que haja uma indicação médica.

Devemos lembrar que a dor é um sinal importante de que algo está errado. Assim, temos que estar mais atentos na maneira e na intensidade correta da prática da atividade. A melhora da dor nos informa o momento correto de se retornar ao exercício

O USO DE TRIBULLUS TERRESTRIS (TT) NO ESPORTE

Tribullus terrestris no esporteO tribullus terrestris (TT) é corriqueiramente divulgado e utilizado por atletas como potencializador da testosterona. Mas, será que realmente funciona?

O TT é um suplemento alimentar extraído de uma planta, uma erva daninha encontrada em regiões como o sul da Europa e da Ásia  e também na África e na Austrália.  Seu consumo acontece há muito tempo entre gregos, chineses e indianos com a promessa de aumentar a libido, a ereção e a produção de espermatozoides.  Mas a sua fama foi promovida na Bulgária, onde foi muito usado na década de 70, sendo motivo de especulações acerca do alto potencial dos atletas daquele país na modalidade de levantamento de peso. Entretanto, foi descoberto que aqueles atletas, na verdade, ganhavam sua performance era com o uso de esteroides anabolizantes.

Porém, ainda que o TT continue a ser comercializado como um potencializador da testosterona, a maioria dos estudos não mostra o aumento dos pré-hormônios (hormônios que irão se transformar em testosterona) e nem dos derivados da testosterona.

Então, ao que se deve o fato de o TT ser consumido com esse propósito?

Ao estudar as formulações milagrosas vendidas no mercado, constatou-se que estavam contaminando o TT com um pré-hormônio, formando uma composição erva-androgênica cuja qual era a verdadeira causa do aumento da testosterona e da performance nos atletas. Isso levou um atleta norueguês ser desclassificado das olimpíadas ao ser pego no doping, já que seu TT estava contaminado com 19-norandrostenediona.

Após esse episódio, o Instituto Australiano de Esporte desenvolveu um programa de suplementação esportiva para evitar que seus atletas consumissem, erroneamente, suplementação alimentar contaminada com anabolizantes e classificou as fórmulas de TT no grupo D, ou seja, que devem ser banidas pelo alto risco de contaminação.

Então, fique atento! O uso do TT não interfere em qualquer mudança na força, na hipertrofia ou na composição corporal, pois não foi associado, em humanos, ao aumento da testosterona, dos seus pré-hormônios ou de seus derivados. E, apesar de bem tolerado, o TT pode apresentar desde efeitos colaterais leves no trato gastrointestinal até mesmo insuficiência renal e hepática, devendo então ser prescrito por um profissional capacitado.

O QUE VOCÊ TEM QUE SABER SOBRE PRÉ-TREINO PARA HIIT

HIIT

HIIT (Hight Insentity Interval Training), ou treinamento intermitente de alta intensidade, é um tipo de treinamento que pode ser realizado em várias modalidade de esporte: musculação, crossfit, corrida, ciclismo, natação, futebol, handebol, basquete, vôlei, tênis, mountain bike etc.

O que determina o HIIT não é o que você faz, mas como se faz. São atividades de ataques (alta intensidade) intercalados com períodos curtos de recuperação ativa ou passiva.

Para aproveitar ao máximo os benefícios desses exercícios e aumentar a performance sem o uso de esteroides anabolizantes, um pré-treino bem formulado é muito importante, especialmente para atletas que são submetidos a exames antidoping.

Um recente estudo publicado no Jornal Internacional da Sociedade de Nutrição Esportiva demonstrou que doses corretas de cafeína, creatina, BCAA e whey protein aperfeiçoaram a velocidade máxima, o VO2 máximo (capacidade máxima de um corpo transportar e metabolizar o oxigênio durante o exercício), a porcentagem de massa magra e o total de volume treinado dos atletas.

FINASTERIDA: SERÁ QUE ATRAPALHA NO DESENVOLVIMENTO DE FORÇA, PERFORMANCE, AUMENTO DA MASSA MAGRA E REDUÇÃO DO TECIDO ADIPOSO?

Finasterida e hipertrofia

A finasterida é a melhor medicação contra a queda de cabelo masculina. Ela inibi a enzima 5-alfa-redutase tipo II, impedindo a conversão da testosterona (T) em um metabólito 3 x mais ativo, a dihidrotestosterona (DHT).

A alopécia masculina é causada por uma suscetibilidade genética dos folículos pilosos à DHT, tornando o capilar mais frágil, fino e propenso à queda.

A grande dúvida é se a redução da DHT pela finasterida atrapalharia no desempenho físico e na composição corporal.

Um estudo realizado pela Universidade de Medicina de Atlanta, com 70 homens com baixa de testosterona, demonstrou que ao se tratar estes pacientes apenas com testosterona ou associado com 5 mg de finasterida (dose 5x maior que a utilizada para queda de cabelo), não houve diferença entre os dois grupos no aumento da massa muscular, da força, da performance e da redução gordura abdominal e total, apesar de uma redução da DHT em mais de 50% no grupo que usou finasterida.

Assim, podemos afirmar que a finasterida 1mg usada para o tratamento de queda de cabelo, não interfere na hipertrofia muscular, na perda de gordura e no aumento da força.

Apesar disso, a finasterida pode apresentar efeitos colaterais e a síndrome pós finasterida, portanto, é importante a realização de um check-up hormonal completo antes de iniciar o seu uso.

E AGORA, COMO RECUSAR A CERVEJA NO DOMINGO?

Cerveja e exercícioSegundo o estudo “Effects of a moderate intake of beer on markers of hydration after exercise in the heat: a crossover study”, publicado pelo Journal of the International Society of Sports Nutrition, um dos principais jornais de nutrição esportiva mundial, o consumo moderado de cerveja após uma atividade aeróbica em um ambiente quente não apresentou nenhum efeito prejudicial sobre os marcadores bioquímicos de reidratação.

Portanto, a cervejinha no domingo pode ser consumida, desde que se observe que:
– o consumo moderado é equivalente a 660 ml;
– as referências dos exercícios aeróbicos, neste caso,  devem ser menos de 1 hora de corrida a 60% VO2 máximo.