CÓLICAS MENSTRUAIS

O que são as cólicas ou câimbras uterinas?
Os períodos dolorosos são conhecidos como cólicas e o termo médico utilizado é dismenorreia.
Elas ocorrem em quase todas as mulheres que menstruam em algum momento de suas vidas. Sendo que em algumas, elas interferem no trabalho ou na frequência escolar e com certeza na qualidade de vida. Se forem graves e de longa duração, é possível que a mulher tenha endometriose.

As cólicas são comuns em adolescentes normais, na perimenopausa e no uso de alguns contraceptivos hormonais (períodos quando os níveis de estrogênio aumentam e os da progesterona diminuem).
Geralmente as cólicas diminuem ou desaparecem com o primeiro parto.

O que causa cãibras?

O objetivo das cólicas é ajudar o útero a se livrar endométrio (revestimento uterino), no final de um ciclo menstrual que não levou à gravidez.

O aumento da pressão dentro do útero pelo endométrio que está se espessando e às mudanças hormonais do final da menstruação, elevam a produção uterina do hormônio prostaglandina, que aumentam a compressão e a contração do músculo do útero, o miométrio, determinando o surgimento das cólicas menstruais.

Nas mulheres que já tiveram filhos, há uma adaptação fisiológica à distensão uterina, reduzindo as possibilidades do surgimento das cólicas.

As alterações hormonais que determinam o aumento das prostaglandinas são:

– A elevação da progesterona secundária a ovulação e a sua queda abrupta no final da menstruação. Então, normalmente as mulheres que apresentam cólicas menstruais estão tendo ciclos ovulatório.
– O desequilíbrio na quantidade produzida ou ingerida de estrogênio, que possui uma ação uterina e mamária mais inflamatória, em comparação com a quantidade adequada de progesterona, que possuem por natureza uma ação anti-inflamatória.

Como podemos tratar as cãibras?
Agindo na causa:
– Alterar a produção e variação normal da produção dos hormônios sexuais da mulher com os anticoncepcionais orais combinados.
– Reduzindo a produção de prostaglandinas com medicamentos como o ibuprofeno.
Tome 400 mg ao primeiro sinal de cólicas e depois, a cada 4 a 6 horas se necessário.
Tome um (200 mg) cada vez que as cólicas começarem a voltar.

MELATONINA E A QUALIDADE DO SONO

A melatonina é erroneamente conhecida como o hormônio do sono, quando na verdade é hormônio da escuridão.

A produção hipofisária de melatonina é estimulada pela ausência de luz nos neurônios da retina ocular, começando em torno de 2 horas antes do horário habitual de dormir e tem picos em torno de 3 a 4 horas da manhã.

Já com essas informações podemos tirar algumas conclusões:
1: A presença de luz constante por 2 horas são capazes de inibir completamente a sua produção, como ficar muito próximo de uma TV, tablet ou tela de computador.
2. As repetidas exposições à luz atrasam a sua produção, como ficar pegando “volta e meia” o celular.
3. O porquê o sono das 3 horas da manhã é o mais gostoso.
4. A tamanha importância da realização de uma higiene do sono adequada. Devemos evitar estímulos luminosos, sonoros, aromáticos ou de concentração 2 horas antes de dormir.

Além de controlar os ritmos circadianos de sono-vigília, está relacionada com o controle da atividade motora, alimentação e síntese de corticoide. Explicando o porquê de quem dorme mal tem uma tendência maior ao sedentarismo, piora do padrão e qualidade alimentar e ao ganho de peso.

A melatonina melhora a qualidade imunomudolatória (imunidade), anti-inflamatória (redução do estado de inflamação aguda e crônica), antitumoral (prevenção ao câncer) antioxidante (reduzindo a produção de radicais livres e o envelhecimento) e cronobiológica (regulando os ritmos biológicos do corpo, como alimentação, defecação etc.).

A melatonina é sintetizada a partir da serotonina, explicando em parte o porquê de uma pessoa com depressão e ansiedade dorme pior, a melhora do sono por um tratamento com fitoterápicos (5 HTP, triptofano) ou antidepressivo (inibidores seletivos da recaptação da serotonina, exemplificando a sertralina e o escitalopram) e como uma alimentação melhor pode estimular o sono.

Em torno de 80% da produção da nossa serotonina são realizadas pela flora bacteriana intestinal e uma alimentação de má qualidade pode levar a um desequilíbrio da flora e consequente redução da produção da serotonina e assim, a alterações do humor como na depressão e na ansiedade.

A melatonina induz o sono através da redução da temperatura corporal, provavelmente por meio de sua ação nos receptores existentes em vasos sanguíneos periféricos, resultando em vasodilatação e consequente atividade nos centros do sono do hipotálamo. Aqui conseguimos entender o motivo de dormimos melhor no frio.

A suplementação da melatonina pode ser uma boa estratégia. Ela melhora a qualidade do sono em indivíduos com insônia, mas não em hígidos.

A sua eficácia de ação está diretamente associada a condições do individuo e do ambiente. É potencializada quando fazemos a higiene do sono, já estamos com um pouco de sonolência, o ambiente está frio e aconchegante e estamos na posição de decúbito. Resumidamente, devemos tomar quando estamos deitados para dormir e quem sabe no ar-condicionado.

Se você toma a melatonina e continua ativo e na luminosidade, ela não irá te ajudar. Fazendo tudo corretamente ela irá te induzir a uma qualidade do sono semelhante ao natural, como uma menor latência para o início do sono, um sono mais profundo, com menos microdespertares, com sentimento de um sono mais reparador e com um bem-estar diurno.

Outras utilizações extremamente interessantes da melatonina são no Jet lag, na adequação do horário de dormir e na adaptação dos horários de trabalho noturnos.

Sempre que viajamos a locais com diferentes fusos horários, demoramos uns 3 dias para nos adaptar, tanto na ida quando na volta, o que pode atrapalhar o nosso passeio ou o rendimento no trabalho. Este efeito pode ser minimizado pela melatonina que acelera esta adaptação do ciclo circadiano de sono e vigília.

Na pandemia do Corona vírus, foi muito comum a desregulação do padrão do sono, em que as pessoas começaram a ir dormir e a acordar bem mais tarde. O retorno ao horário correto do sono pode ser uma dificuldade e este pode ser facilitado com a criação de hábitos de higiene do sono e com o uso da melatonina. Vamos elaborando estratégias de ir dormindo cada vez mais cedo e aos poucos conseguimos adequar o padrão do sono.

Nos trabalhadores noturnos há uma maior dificuldade de começar a dormir e ter um sono de qualidade, algo que pode ser minimizado com a melatonina.

Lembre-se que falamos que a produção da melatonina começa 2 hs antes de dormimos e com o anoitecer? Em quem tem que dormir de manhã não acontece isso. Então a suplementação da melatonina pode mimetizar esta produção. Junto temos que criar um ambiente propício, sem barulho (lugares tranquilos, tampões de ouvidos ou criar som de ruídos brancos, no escuro (cortinas blecaute) e com temperatura agradáveis (ventiladores e ar-condicionado). Também podemos intender alguns dos motivos de quem trabalha a noite ter uma maior tendência ao ganho de peso. Como falado acima, a melatonina participa do controle da alimentação, da produção de corticoide e ao estímulo da atividade física.

A produção da melatonina reduz no envelhecimento e em algumas doenças, como no diabetes. Sendo utilizada para tratamento do distúrbio de sono em idosos e até no controle glicêmico do diabetes.

Sua produção é estimulada pelo escuro e ao contrário da vitamina D, não há qualquer relação com a exposição aos raios solares. Ela é sintetizada a partir da serotonina, então a alimentação que estimula a produção da serotonina irá criar mais substratos para a produção da melatonina.

A casca de uva é fonte direta da melatonina. A banana é rica em triptofano, aminoácido responsável pela síntese de serotonina. Os aspargos são ricos em vitamina C e ácido fólico que auxiliam na absorção dos triptofanos. O leite e derivados contém cálcio que são necessários para processamento do triptofano.

Outros alimentos são o abacaxi, laranja, acerola, grão-de-bico, aveia, cereais, arroz integral, nozes.

A dose, varia de 0,1 mg a 10 mg, sendo as menores doses as mais próximas dos fisiológico. Com as doses maiores é mais comum o surgimento de efeitos colaterais, que são eles:
– Fadiga ou sonolência excessiva durante o dia;
– Falta de concentração;
– Piora da depressão;
– Dor de cabeça ou enxaqueca;
– Sonhos vívidos ou pesadelos;
– Tontura, fraqueza ou confusão mental;
– Aumento da pressão arterial;
– Náusea ou dor de estômago;
– Aftas ou boca seca;

A suplementação da melatonina deve ser realizada em pessoas com insônia, já realizando uma higiene de sono e se possível, uma mudança de estilo de vida completa.

Não são recomendadas para gestantes e lactantes. Em crianças, deve ser prescrita com cuidado e por pediatras para crianças portadoras de desordens neurológicas múltiplas que cursam com insônia grave e/ou crônicas.

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A FINASTERIDA

Neste artigo iremos comentar de forma simples e fácil tudo o que você precisa saber sobre a finasterida. Ao final saberá o que é, como funciona, quais são as indicações, os benefícios, os possíveis efeitos colaterais e as principais dúvidas de um consultório endocrinológico.

Primeiramente, antes de falarmos da finasterida o ideal é que você tenha um pequeno entendimento de como funciona a nossa produção dos hormônios sexuais e com base fica fácil a explicação de todas as suas dúvidas.

 

Como é a produção dos hormônios sexuais:

 

De forma reduzida e de fácil entendimento, a grande maioria dos hormônios sexuais são produzidos pelo pela relação entre duas glândulas, a hipófise e o testículo (homem) e a hipófise e os ovários nas mulheres.

A hipófise é uma glândula mestre que fica localizada próximo ao cérebro e é responsável pela produção de vários hormônios, que atuam principalmente coordenando o funcionamento de outras glândulas. Facilitando o seu raciocínio, pense nela como um gerente que envia mensagens de comandos a um funcionário.

No caso dos hormônios sexuais, a hipófise produz dois hormônios que são o LH e FSH, que agem no homem estimulando a produção de testosterona e de espermatozóide e na mulher a ovulação e a produção de estrogênio, progesterona e de testosterona. A testosterona produzida é metaboliza em outros dos hormônios, o estrogênio pela ação da enzima aromatase no tecido adiposo e em dihidrotestosterona (DHT) pela ação da enzima 5 alfa redutase em tecidos alvos, como próstata, pele e CABELO. A produção de todos estes hormônios sexuais, principalmente o estrogênio, informa a hipófise de como anda o nosso controle hormonal.

Simplificando ainda mais, o gerente (glândula hipófise), manda uma mensagem (hormônio LH) para o funcionário (testículo) estimulando a sua produção (testosterona). Ao avaliar o produto (hormônio estrogênio), o gerente (hipófise) avalia se precisa estimular ou inibir a cascata de produção hormonal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agora que entendeu este funcionamento hormonal, iremos falar da queda de cabelo secundária pelo metabólito da testosterona, a famosa ALOPÉCIA ANDROGÊNICA.

 

Alopécia androgênica: Como a DTH atrapalha a fase de crescimento do cabelo.

 

Esta é a principal causa de queda de cabelo nos homens e uma das principais nas mulheres.

Dentro do folículo piloso (local de nascimento do cabelo), a testosterona é metabolizada em DHT e este hormônio pode influenciar negativamente no ciclo de crescimento do cabelo, levando a um processo de miniaturização do fio. 

 

 

 

 

 

O ciclo do cabelo conta com 3 fases, a fase de crescimento do fio (fase anágena), a de repouso (fase telógena) e a de queda (fase catágena).

 

 

 

 

A miniaturização dos fios começa por áreas mais sensíveis a DHT, localizadas na fronte e em padrão de coroa no homem e na linha média do couro cabeludo em mulheres.

 

 

 

 

 

 

 

Nesta área há uma redução da porcentagem de fios que entram na fase de crescimento e esta torna-se mais encurtada, resultando em cabelos mais curtos. Além disso, mais cabelos ficam em estado de repouso e estes são mais sujeitos à queda em função de traumas cotidianos como pentear e lavar.  O que percebemos nitidamente é que os fios vão ficando cada vez menores, mais finos, mais leves, com uma coloração mais clara e que finalmente caem, deixando uma área desnuda.

 

 

 

 

 

Como entra a finasterida na alopécia androgênica?

 

Já que a queda de cabelo é propiciada pelo hormônio dihidrotestosterona (DHT), o raciocínio mais lógico seria então reduzir a sua produção pelo corpo ou a sua ação no folículo piloso, então com base nisso foi criado a finasterida.

A finasterida é uma substância inibidora da 5 alfa redutase, que é a enzima que converte a testosterona em dihidrotestosterona, consequentemente a finasterida impede justamente a produção do hormônio que leva a queda de cabelo.

 

Quem precisa usar a finasterida?

Teoricamente, os pacientes que apresentam queda de cabelo secundária à ação da dihidrotestosterona, o que pode ocorrer tanto em mulheres quanto em homens.

 

Devo usar a finasterida?

Já aqui a resposta é diferente, pois deve se sempre uma escolha individual e depende do sexo, da idade de surgimento e da velocidade da queda de cabelo.

 

Vamos falar incialmente dos homens e serei bem direto no assunto:

Se você apresenta uma alopécia androgênica desde jovem e de rápida evolução, esta é realmente a melhor medicação para você e provavelmente a única que irá te ajudar completamente.

Se a sua queda de cabelo está acontecendo em uma idade mais avançada e com uma evolução mais lenta, o ideal seria tentar primeiramente outras medicações, que podem ser de uso tópico local ou até via oral.

Resumindo: Queda de cabelo antes dos 20 é igual a finasterida. Antes dos 30 anos, se estiver de forma mais acelerada e avançadas e sem repostas aos outros tratamentos, devemos avaliar o uso da finasterida.  Já acima dos 40 anos, a avaliação do risco e benefício deve ser mais criteriosa e sempre deve ser tentar antes tratamento tópicos com loções, bonés de LED, microagulhamento, MMP (microinfusão de medicamentos na pele, como finasterida, dutasterida, fatores de crescimento capilar, minoxidil e outros), minoxidil oral e por último a finasterida.

Mas porque isso tudo? Pelo possível efeito colateral que pode acometer alguns homens, a redução de libido. A relação da idade é porque no avançar da idade a uma maior probabilidade de acúmulos de fatores que podem levar a redução da libido, como redução progressiva da testosterona, uso de algumas medicações, acometimento por algumas doenças ou até situações de estresse e ansiedade.

 

Agora direcionando para as mulheres:

Uma das situações mais angustiantes para a mulher é a queda de cabelo e a redução do seu volume, então a tendência das mulheres é sempre quererem um tratamento mais intenso e com maior dinamismo possível, mas temos que ter alguns cuidados, porque aqui pode vir algumas armadilhas.

A primeira coisa é avaliar o valor da testosterona nas mulheres, porque se elevado a propedêutica inicial é sempre fazer o diagnóstico causa e tratá-la diretamente. Os principais motivos são o uso exógeno da testosterona, a síndrome do ovário policístico (SOP) e a hiperplasia adrenal congênita.

Após isso, iremos focar o nosso tratamento, que pode ser através da redução da produção, da ação ou da metabolização da testosterona em DHT.

Nos distúrbios endocrinológicos e dos hormônios sexuais, a primeira medicação que tendemos a usar são os anticoncepcionais orais, já que eles reduzem a produção ovariana de testosterona e a sua quantidade bioativa (disponível para se ligar aos receptores). Além disso, há anticoncepcionais com progestágenos de ação antiandrogênica, que se ligam no receptor da testosterona, tornando-o indisponível para a ligação da testosterona.

A escolha desta classe de medicação vem de acordo com a causa, como no caso da síndrome dos ovários policísticos (SOP), de acordo com a clínica (acne, aumento de pelos, TPM, cólica e irregularidade menstrual, enxaqueca, inchaço…) ou pelo desejo de contracepção.Caso você não se encaixe na alternativa acima ou não deseje usar anticoncepcional ou ele não está sendo suficiente para reduzir a sua queda de cabelo, passamos para uma nova medicação, a espironolactona. Ela age reduzindo um pouco a produção ovariana de testosterona e por se ligar no receptor de testosterona, impedindo consequentemente a ligação e ação da DHT.

Somente por último avaliamos a prescrição da finasterida ou da dutasterida (inibidor da 5 alfa redutase mais potente), pois nas mulheres esta classe de droga é teratogênica, podendo levar a má formação fetal, quando usadas durante a gestação.

O ideal é que a mulher esteja em uso de um método contraceptivo.

 

Devo usar apenas a finasterida:

A finasterida por diminuir a dihidrotestosterona reduz a queda do cabelo, porém o volume é uma relação entre a quantidade de fios que nascem e caem diariamente, assim o tratamento ideal deve também focar no nascimento e crescimento dos fios.

Pensando nisso, devemos fornecer os micronutrientes essenciais para a formação dos fios (alimentação e suplementação específica para cabelo, peles e unhas) e promover a fase de crescimento do cabelo. O raciocínio é claro, o fio que está crescendo não está caindo! A principal medicação que atua positivamente nesta fase é o minoxidil, que pode ser usado via tópica, aplicada junto com outras substâncias de forma intradérmica ou pelo MMP e por via oral.

Agora, se só em uso da finasterida você está bem satisfeito com o resultado, não há necessidade de realizar tratamentos complementares.

 

Possíveis efeitos colaterais da finasterida:

Sempre no consultório a primeira pergunta é sobre a relação da finasterida com a libido e a ereção masculina.

Aqui este entendimento ficou bem mais fácil já que lá no começo do artigo você conheceu a produção dos hormônios sexuais.

 

A finasterida reduz a libido?

Lembra que a finasterida age na 5 alfa redutase impedindo a metabolização da dihidrotestosterona? Então, agora ela só pode ser metabolizada em estrogênio pela aromatase.  Vamos para a lógica. Pensa nesta via hormonal como se fosse uma mangueira com água que se divide em duas mangueiras menores. Agora, bloqueia uma das mangueirinhas. Como a água não pode passa mais por aí, ela só pode ser direcionada para a outra mangueirinha, aumentando o fluxo nela ou se acumular um pouco na mangueira maior. É exatamente isso que acontece na metabolização da testosterona. Há inicialmente um pequeno aumento da testosterona e um maior aumento do estrogênio, sendo que este atua lá na hipófise e informa a ela que a nossa quantidade de hormônios sexuais está mais alta, assim, ela naturalmente responde reduzindo a cascata de hormônio que leva a produção da testosterona. Literalmente o gerente entende que os funcionários estão trabalhando em excesso e reduzem o estímulo de produção.

Além de tudo, este aumento do estrogênio atua diretamente no centro do prazer levando a uma possível redução da libido, principalmente nos primeiros 3 meses do início da medicação, período em que há um reequilíbrio da produção hormonal.

Então? Com a minha libido não se brinca! Devo ou não usar a finasterida?

Calma nesta hora. A redução da libido quando acontece é maior nos 3 primeiros meses e passa com a suspensão da medicação. Caso você já apresente uma redução da libido ou um distúrbio de frequência sexual não te aconselharia o uso da finasterida, pois provavelmente irá piorar a libido. Se não, inclusive se tem um desejo sexual até maior que o parceiro(a), então pode iniciar que não irá levar uma redução da qualidade de vida.

 

A finasterida atrapalha na ereção?

Não. O hormônio sexual responsável pela libido é a testosterona. Nem a baixa da DHT e nem a alta do estrogênio estão associados a distúrbio da ereção, então a finasterida não leva atrapalha a sua ereção. Mas preste atenção: a libido é parte essencial para ser ter uma ereção, então se libido está baixa há uma redução da quantidade de ereções, principalmente as ereções matinais, aquela em que o homem já acorda com o pênis ereto.

 

A finasterida atrapalha a fertilidade?

Sim. Em alguns casos. Novamente lembre lá da cascata hormonal. Com o aumento do estrogênio, há uma redução da pulsatilidade dos hormônios LH e FSH. O FSH estimula a produção dos espermatozóides e o LH a produção de testosterona testicular e tanto a testosterona quanto dihidrotestosterona são essenciais no processo de maturação dos espermatozóides.

Em uso da finasterida pode haver uma redução da quantidade e da qualidade dos espermatozóides, que volta aos valores de base após 6 meses de sua suspensão.

Cerca de 30% dos homens apresentam uma alteração de base do espermograma, então sempre aconselho a realização de um espermograma antes do início da finasterida, pois se em uso da finasterida seu espermograma der alterado você não irá saber por 6 meses se esta alteração é pela finasterida ou prévia a ela e isso pode atrapalhar nos seus planos futuros de paternidade e levar um pouco à ansiedade.

 

A finasterida pode levar ao aumento das mamas nos homens?

Sim. Ela leva a um aumento do estrogênio e até uma pequena redução final da testosterona e a redução da relação testosterona/estrogênio é que leva ao surgimento da sensibilidade mamária e a ginecomastia, em que há um surgimento de glândulas mamárias do padrão do sexo feminino.  O ideal é uma relação testosterona/estradiol acima de 10. Valores abaixo de 5 tendem a levar à ginecomastia.

 

A finasterida leva ao inchaço?

Sim, pode haver. A causa é o aumento do estrogênio e este leva a retenção de água.

 

A finasterida também trata o aumento de pelos e acnes?

Sim. A finasterida reduz o aumento de pelos ocasionados pela testosterona, mas diferentemente na acne, estimulam o seu surgimento.

O motivo é que a finasterida é um inibidor específico da 5 alfa redutase tipo II, reduzindo então a produção da DHT tipo II e é esta que causa a queda de cabelo.
Mas a finasterida não atua na 5 alfa redutase tipo I e é essa que leva ao surgimento de acne. Pensando no mesmo exemplo das mangueiras descrito anteriormente, se há apertamos a mangueira da produção da DHT tipo II há um direcionamento da produção para a DHT tipo I e consequentemente, da acne.

Aqui também temos que tomar cuidado com o minoxidil oral em mulheres, pois apesar de impedir a queda de cabelos pela DHT, ele pode por ação sistêmica pode aumentar a quantidade de pelos em áreas típicas masculinas, como face, tórax, abdome e dorso.

 

A finasterida interfere na disposição corporal da gordura?

Sim, pode influenciar. Se há um aumento do estrogênio, tende a ter um aumento de gordura em área estrogênio dependentes, como em braços, flancos, culote e pernas. Além disto, a o estrogênio é lipogênico e com isso estimula o acúmulo de gordura.

 

A finasterida atrapalha na hipertrofia muscular?

Talvez. Sabemos que o hormônio que estimula as células satélites musculares e que levam a hipertrofia é a testosterona. Teoricamente não há um estímulo direto da musculatura pela DHT, mesmo esta se ligando mais intensamente e tendo uma ação 3 vezes mais forte que a testosterona.

Os estudos de anabolismo muscular com a finasterida são feitos principalmente em pacientes com câncer de próstata que faziam o uso da finasterida 5 mg junto com uma reposição de testosterona. Aparentemente, não há uma alteração significativa de força nos pacientes com ou sem uso da finasterida. Porém ao nos aprofundarmos nos dados dos estudos, percebemos que esta alteração não dita como não significativa chegava até 500 gramas de diferença.

Então na prática a minha orientação é:

Treina não perfeito, alimentação pode melhorar, sono inadequado ou outro distúrbio hormonal? A finasterida não fará tanta diferença na sua composição corporal e você ainda tem muitas coisas para melhorar.

Está treinando com treino com intensidade, volume e execução adequadas e progressivas, com uma dieta perfeita, dormindo bem e sem distúrbio hormonal e mesmo assim não está hipertrofiando? Talvez valeria a pena a tentativa da troca da finasterida por um outro tratamento e avaliar tanto a evolução da queda de cabelo quanto do ganho de massa muscular sem ela.

O cabelo é mais importante para você? Esquece a hipertrofia e foca no cabelo.

O cabelo é mais importante, mas a queda de cabelo é inicial e você tem dinheiro e uma boa área doadora para um implante de cabelo: Vamos “pagar” para ver.

Tem queda de cabelo e vai usar um esteróide anabólico? Tem que usar a finasterida ou a dutasterida porque a queda irá acelerar.

 

A finasterida estimula o catabolismo muscular:

Não. A testosterona é o hormônio que estimula o anabolismo muscular e a pequena ação da finasterida nela, não chega influenciar o processo de perda.

 

O que é a síndrome pós finasterida:

São reações adversas e persistentes no campo sexual, neurológico e físico em pacientes que fizeram o uso da finasterida.  É extremamente rara e até questionada a sua existência. A causa ainda não é completamente conhecida, mas pode ser porque a finasterida pode também bloquear a produção de alguns neuroesteróides no sistema nervoso central, como os moduladores dos receptores GABA, que apresentam ação ansiolítica.

O INTERESSE PELO SEXO ACABA NA MENOPAUSA?

É uma crença comum a de que as mulheres perdem o interesse pelo sexo durante a meia-idade.
 
Como vai o seu interesse? Te incomoda ou está criando um distúrbio de frequência com o parceiro?

Então, vamos aos últimos dados:

– cerca de 45% das mulheres na pré e perimenopausa disseram que o sexo era extremamente importante no início da meia-idade, mas foi perdendo a importância com o tempo.
– Para 27% das mulheres o sexo já não tinha importância, mas 28% consistentemente sustentavam que o sexo era altamente importante e, assim, permaneciam ativas inclusive durante a menopausa.

O estudo tentou buscar explicações para esta variação. Então avaliou vários subgrupos, como raça, etnia, escolaridade, status de parceiro, IMC, pressão arterial, status da menopausa, hormônios, sintomas depressivos, estresse percebido, orientação sexual, satisfação sexual e sintomas da menopausa.
 
O que se detectou é que a importância do sexo muda com o envelhecimento de acordo com diferenças raciais e étnicas.

Ou seja, a relação da mulher com o sexo no avanço da idade está relacionada à variações socioculturais e não biológicas.

As mulheres negras tendem achar o sexo altamente importante em toda a trajetória da meia-idade, enquanto as mulheres japonesas e chinesas frequentemente o classificam como menos relevante. Devemos deixar claro que nem todas as mulheres seguirão o mesmo caminho.

Os achados principais são que as mulheres mais propensas a considerarem o sexo menos importante são as com sintomas de depressão, enquanto a maior importância ao sexo foi dada pelas mulheres que tinham maior satisfação sexual e maior escolaridade. Disso muitas conclusões podemos tirar.

Se para você a importância do sexo foi reduzida de forma acelerada ou abrupta no período de perimenopausa, preste atenção, pois você pode estar com sofrendo de depressão. Procure tratamento. Além disso, se você é uma mulher sexualmente ativa e valoriza o sexo, faça um bom acompanhamento endocrinológico na época da perimenopausa, já que muito podemos fazer para evitar e tratar as suas queixas.
 
 
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O QUE É ENXAQUECA?

É um tipo de dor de cabeça, conhecida como cefaleia, que de forma simples se traduz em uma sensação dolorosa na região da cabeça. Existem mais de 200 tipos diferentes de cefaleias registradas e podem ser primárias ou secundárias.

  • Cefaleias primárias: é o próprio sintoma (enxaqueca ou dores de cabeça tensionais); mais comum.
  • Cefaleias secundárias: são sintomas de outras alterações no corpo (crises de sinusite, por exemplo).

 

É importante ressaltar que a enxaqueca é uma doença neurológica genética, crônica e multifatorial. As causas da enxaqueca ainda não são totalmente conhecidas, mas é possível identificar os gatilhos mais comuns, como:

– alterações hormonais
– certos alimentos (principalmente os industrializados)
– bebidas alcoólicas
– cigarros
– exercícios físicos
– privação de sono
– uso de óculos com grau incorreto
– estresse (50 a 70% psicológico ou emocional)
– ansiedade
– exposição a ruídos altos ou alterações no clima.

Também é comum que a dor de cabeça aumente durante a realização de atividades do dia a dia, ao subir ou descer escadas, andar de carro ou agachar, por exemplo, sendo o público feminino, devido às alterações hormonais do ciclo menstrual, o mais atingido.
 

E como diferenciar a enxaqueca da dor de cabeça tensional?

A enxaqueca pode se diferenciar das cefaleias tensionais pela frequência e pelo local que é afetado pela dor.

Durante as crises de enxaqueca, a dor costuma ser latejante em apenas um dos lados da cabeça, com intensidade de média a forte, com duração média de 3 horas podendo permanecer até 3 dias. E em alguns casos as pessoas também podem sentir outros sintomas (dificuldade de concentração, náuseas, vômitos, tontura, alterações visuais, sensibilidade ao som, luz, toque e cheiro, formigamento ou dormência nas extremidades ou rosto).

Já no caso da cefaleia tensional, costuma ser uma dor de intensidade moderada a fraca nos dois lados da cabeça, parecendo uma pressão ou aperto.
 

O que devo evitar comer?

Com relação à alimentação, interessante evitar alguns alimentos capazes de induzir ou agravar as crises de dor de cabeça. Ou seja, aqueles que apresentam propriedades pró-inflamatórias ou o efeito de dilatar ou contrair os vasos da circulação cerebral:

– leite e queijos amarelados;
– cafeína (ingestão abrupta ou retirada);
– chocolates;
– bebidas alcoólicas (principalmente o vinho tinto por conter derivados polifenólicos que apresentam efeitos vasodilatadores cerebrais);
– frutas cítricas;
– alimentos com aditivos alimentares (para realçar o sabor e/ou conservar o alimento; corantes artificiais);
– adoçantes (aspartame e sucralose);
– banha de porco (rica em nitrato e nitrito);
– alimentos curados, defumados (bacon), embutidos ( presunto, salsicha, linguiça e salame, como exemplos);
– alimentos em conservas, enlatados, temperos e molhos prontos;
– levedura de cerveja, feijão e soja.

 

O que é indicado comer?

Você deve aumentar o consumo dos seguintes alimentos:

– gorduras boas: abacate, nozes, azeite;
– alimentos ricos em ômega 3 (anti-inflamatório): peixes selvagens, algas, chia e linhaça;
– alimentos ricos em vitaminas do complexo B e magnésio: frutas, castanhas e folhas verdes escuras;
– frutas antioxidantes: romã, frutas vermelhas e roxas;
– tempero naturais: açafrão, pimenta, caiena, alho e cebola;
– alimentos ricos em fibras (evitam o pico glicêmico que é um fator desencadeante);
– bebidas probióticas (como o Kefir de ação anti-inflamatória);
– chá de gengibre pode auxiliar controlar uma crise de enxaqueca.

Além disso, hidratar-se, não ficar em jejum e evitar cortar carboidratos totalmente para não ter uma baixa de glicose; alimentar-se regularmente, reduzir a quantidade de carboidratos simples de alto índice glicêmico (doces, pães e massas).
 

» Este artigo foi escrito pela nutricionista Mariana Teixeira. Para agendar uma consulta e ter uma dieta personalizada, criada a partir de suas necessidades e também das suas preferências, entre em contato por telefone ou pelo WhatsApp.

A ALIMENTAÇÃO NO TRATAMENTO DE MULHERES COM SOP

Embora a síndrome dos ovários policísticos (SOP) tenha sido reconhecida e diagnosticada há mais de 75 anos, e agora seja considerada a principal forma de desregulação endócrina em mulheres em idade reprodutiva, ainda há muito a aprender sobre como exatamente esse desequilíbrio hormonal ocorre em diferentes organismos e como pode ser mais eficazmente revertido.

O sistema endócrino é muito complexo!

A SOP é um distúrbio metabólico com desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos, irregularidades menstruais e está relacionada à resistência à insulina.

Mulheres portadoras de SOP têm maior risco para desenvolver obesidade, infertilidade, diabetes mellitus tipo 2 (DM 2), doenças cardiovasculares, esteatose hepática, apneia do sono, depressão e câncer de endométrio.

Entre os sintomas, estão a infertilidade parcial ou total, menstruação irregular ou ausente, ganho de peso ou dificuldade de perda de peso, acne, fadiga, mudanças de humor, baixo libido, resistência à insulina, níveis elevados de hormônios masculinos, crescimento excessivo de cabelo (incluindo em lugares onde as mulheres não são acostumadas, como rosto e abdômen) e a calvice.

A melhora da sensibilidade à insulina, do hiperandrogenismo e da capacidade reprodutiva, acontece com a mudança nos hábitos de vidas como alimentação e atividade física.

E como podemos usar a nutrição a nosso favor?

A partir de estratégias com controle glicêmico dos alimentos, suplementação de vitaminas e minerais.

1️. Reduza o peso: sobrepeso e obesidade prejudicam o funcionamento do SHBG (a globulina ligadora de hormônios sexuais).

2️. Evite alimentos industrializados e ricos em carboidratos simples: inclua fibras, chá verde, semente de chia, canela, oleaginosas na sua alimentação.

3️. Consuma alimentos antioxidantes como cacau, romã, maçã, chá verde, amêndoas, frutas vermelhas.

4️. Consuma alimentos fontes de ômega 3 como sardinha, salmão, atum, semente de chia e linhaça. Sua ação anti-inflamatória melhora o perfil hormonal.

5️. Invista no consumo de cromo, que está envolvido no metabolismo lipídico e ajuda no controle glicêmico e no desejo aumentado por doces. Inclua na alimentação: cacau, feijão, ovos, brócolis, grãos integrais, carnes e nozes.

6️. Cuide do seu intestino. O equilíbrio das bactérias e o adequado consumo de fibras melhora a resistência à insulina. Inclua na alimentação: kefir, kombucha, iogurte.

A dieta low carb também é uma estratégia interessante.

Como já falamos, a mulher com SOP tem aumento de resistência à insulina e isso ainda se agrava se a mulher estiver acima do peso ou obesa, correndo risco de desenvolver diabetes tipo 2, diabetes gestacional ou doenças cardiovasculares. E a dieta low carb tem essa finalidade, baixar os níveis de insulina e estimular a perda de peso.

>> Este artigo foi escrito pela nutricionista Letícia Tona. Agende sua consulta por telefone ou pelo WhatsApp.

OS HORMÔNIOS E O QUE VOCÊ COME

Os hormônios são responsáveis por praticamente todo o funcionamento do organismo, da saciedade ao bom humor, passando até pelos batimentos cardíacos. Tanto que desequilíbrios hormonais estão ligados a diversas doenças, como obesidade, hipotireoidismo, diabetes tipo 2, depressão, infertilidade e certos tipos de câncer.


A boa notícia é que com boas escolhas alimentares dá para ajudar o sistema endócrino a funcionar bem e reduzir o risco desses males aparecerem. É que, apesar de terem funções tão diversas, uma coisa a maioria dos hormônios possui em comum: são sensíveis ao que colocamos no prato.


A seguir o que os estudos indicam comer ou não para mantê-los balanceados:

– Soja: os grãos carregam isoflavona, molécula que, no organismo, têm ação semelhante à do estrogênio, hormônio abundante nas mulheres e que também é fabricado em menor quantidade pelos homens.

– Brócolis e outros crucíferos: ele contém glucorafanina, substância com nome complicado, mas benefício simples de explicar: é conhecida pelo seu papel na prevenção do câncer. Isso ocorre porque ela controla os níveis de estrogênio e outros hormônios, que, em excesso, podem estar ligados aos tumores.


– Grão-de-bico: o grande destaque desta leguminosa é a alta concentração de vitaminas B6 e B9, que atuam na produção de hormônios neurotransmissores relacionados ao bem-estar e às boas noites de sono, como a serotonina e dopamina. O efeito é duplo, pois o grão contém ainda triptofano, aminoácido necessário para o metabolismo da serotonina.

– Castanha do Pará: ela carrega selênio, mineral que atua no bom funcionamento da tireoide, a glândula mais importante do sistema endócrino, que fabrica os hormônios T3 e T4 e ajuda a regular o metabolismo do coração, cérebro, rins e fígado.

– Carnes magras: uma dieta rica em proteínas ajuda o corpo a se sentir satisfeito por mais tempo. Isso porque esses nutrientes não só estimulam a produção de hormônios que controlam o apetite, mas também levam mais tempo para serem digeridos e, assim, desaceleram a chegada de glicose à corrente sanguínea.

– Modular o cortisol através da alimentação: o cortisol serve para ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial. ⠀Cortisol alto, em particular, está envolvido com deposição de gordura. Então, precisamos ”relaxar”, ficar menos ansiosos e estressados. Temos alguns alimentos que ajudam a modular esse hormônio:

– Abacate (o melhor modulador)

– Oleaginosas

– Semente de girassol⠀

– Semente de abóbora⠀

– Frutas cítricas

– Vegetais verdes escuros⠀

– Tomate

– Batata inglesa⠀

>> Por Letícia Tona, nutricionista.

ANTICONCEPCIONAL E O DIAGNÓSTICO DA MENOPAUSA

Uma das dúvidas mais comuns aqui no meu consultório é: quando devo suspender o uso do anticoncepcional para obter o diagnóstico correto de menopausa?

Primeiro, vamos esclarecer que a idade média em que a mulher entra na menopausa é de 51 anos, mas é importante que a mulher saiba a idade média da menopausa em sua família (mãe, avós e irmãs). Se elas entraram na menopausa mais tardiamente, a probabilidade é que a paciente entrará também. Algo a ser observado antes de tomar a decisão de parar com o anticoncepcional.

E como avaliamos se a mulher em uso de anticoncepcional está na menopausa?

Não há como, já que o anticoncepcional mantém o ciclo menstrual, evitando o surgimento dos sintomas clínicos (fogacho, alteração de humor, etc.) e impede a interpretação adequada dos hormônios sexuais (LH, FSH e estradiol).

O endocrinologista, na leitura dos exames de sangue, por algumas discretas alterações, pode supor, mas não afirmar o diagnóstico. A única maneira de confirmar o diagnóstico é suspendendo o contraceptivo.

ATENÇÃO! Mesmo com a menstruação bem irregular, a mulher na perimenopausa pode engravidar. Então, deve-se fazer uso de um outro método contraceptivo, como a camisinha.

Se com a suspensão do anticoncepcional a mulher iniciar os sintomas de menopausa, devemos iniciar o tratamento de reposição hormonal (TRH). É um tratamento mais fisiológico e com menores riscos. Se com a suspensão a mulher mantém um ciclo regular ou discretamente irregular, a indicação é o uso do DIU hormonal. O dispositivo evitará a menstruação irregular e os escapes da perimenopausa e, por ter ação principalmente local, dificilmente atrapalhará os exames que futuramente irão diagnosticar a menopausa.

ATENÇÃO! O DIU de cobre não é uma boa opção, porque irá piorar ainda mais os escapes e a irregularidade menstrual.

Anticoncepcional e menopausa

Em qual idade a mulher deve suspender o anticoncepcional e como avaliamos se ela está na menopausa com o seu uso?

Uma dúvida comum das pacientes é em qual idade a mulher deve suspender o anticoncepcional.

O questionamento é para saberem se ainda necessitam do seu uso para evitar a contracepção ou quando devem mudar o tratamento para a terapia de reposição hormonal (TRH).

Antes desta reposta deve-se ter o entendimento que a idade média da menopausa é aos 51 anos e que os estudos não mostram aumento dos efeitos adversos com o uso do anticoncepcional até esta idade. Além disso, nesta tomada de decisão é importante que a mulher saiba a idade média da menopausa em sua família (mãe, avós e irmãs). Se elas entraram na menopausa mais tardiamente, a probabilidade é que a paciente entrará também.

Como avaliamos se a mulher em uso de anticoncepcional é na menopausa?

Não há como, já que o anticoncepcional estará mantendo o ciclo menstrual regular, evitando o surgimento dos sintomas clínicos (fogacho, alteração de humor…) e impede a interpretação adequada dos hormônios sexuais (LH, FSH e estradiol). O endocrinologista, na leitura dos exames de sangue, por algumas discretas alterações, pode supor mas não afirmar o diagnóstico (rabo de porco, focinho de porco, pata de porco….. então pode ser um porco).

A única maneira de confirmar o diagnóstico é suspendendo o contraceptivo, porém, mesmo com a menstruação bem irregular a mulher na perimenopausa pode engravidar (rapo do tacho), então deve-se fazer uso de um outro método contraceptivo, como a camisinha.

Se com a suspensão do anticoncepcional, a mulher iniciar os sintomas de menopausa, devemos iniciar o tratamento de reposição hormonal (TRH). É um tratamento mais fisiológico e com menores riscos. Mesmo o contraceptivo com a menor dose de estrogênio (15 mcg de etinilestradiol), ele tem 3 x mais estrogênio que o seu corpo produz diariamente.

Se com a suspensão a mulher mantém um ciclo regular ou discretamente irregular, um bom contraceptivo seria o DIU Mirena. Ele evitará a menstruação irregular e os escapes da perimenopausa e por ter ação principalmente local, dificilmente atrapalhará os exames futuramente irão diagnosticar a menopausa.  O DIU de cobre não é uma boa opção, porque irá piorar ainda mais os escapes e a irregularidade menstrual.

Saiba mais em:

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