FLACIDEZ

O que é?

Existem dois tipos de flacidez, a tissular (de pele) e a muscular.

A flacidez do tecido cutâneo (pele) é um processo lento e progressivo e a sua fisiopatologia está diretamente relacionada com a redução da produção de fibras de colágeno e de elastina responsáveis pela sustentação e elasticidade respectivamente. Ela começa ocorrer a partir dos 25 anos de idade, e por ser um processo fisiológico, é inevitável.

A flacidez muscular é causada pela redução da tonicidade dos músculos, comuns principalmente em pessoas sedentárias. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta de exercícios físicos. Se eles não são solicitados, as fibras musculares ficam hipoatrofiadas.

É muito comum que os dois tipos apareçam associados, dando aspecto ainda pior às regiões afetadas do corpo. Podemos classificá-las em quatro estágios:

– Fase Elástica: Quando o tecido for submetido a uma tensão, apresentará uma resistência. Voltará ao normal quando a carga for retirada.

– Fase de Flutuação: Se a carga de tensão for retirada, o tecido submetido não voltará a configuração inicial.

– Fase Plástica: Nesta fase ocorre uma deformação permanente no tecido, ou seja, se o tecido passar do seu limite de elasticidade, esta deformação se torna permanente. O tecido já apresenta queda.

– Ponto de Ruptura: Depois de um estiramento total, o organismo tentou reverter e não conseguiu. Neste caso já há a instalação de estrias, que são as rupturas das fibras da pele. É como se o um pano fosse esticado até o seu máximo, não aguentasse a força e rasgasse.

 

Causas mais comuns

As principais causas de flacidez são:

– Fator genético: O envelhecimento natural do organismo leva à flacidez e a herança genética é uma componente importante nesse processo.

– Envelhecimento: O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona com o fato das células do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por novas, como acontece na juventude. Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada.

– Emagrecimento: A flacidez pós-emagrecimento surge quando a perda de peso ocorre de forma rápida e repentina, como por exemplo, quando é feito uma dieta ou cirurgia bariátrica. Em alguns casos, a pele não consegue ter uma boa capacidade de retração diante da redução do volume de gordura.

– Sedentarismo: A flacidez muscular tem como principal causa o sedentarismo, falta de exercício físico e alimentação inadequada. Com o passar dos anos há uma redução natural da nossa massa muscular. Assim como a nossa pele perde seu turgor e elasticidade com o passar da idade, a musculatura também tem suas mudanças e as fibras musculares tendem a reduzir na sua quantidade e no seu volume, principalmente quando não são trabalhadas. Sabe-se que a massa muscular está intimamente ligada à longevidade e maior mobilidade, e o exercício resistido (com carga) é um dos melhores mecanismos para prevenir essa perda de massa magra, associados a uma dieta de bom valor nutricional.

– Exposição excessiva ao sol: a radiação ultravioleta é um fator de risco para a formação de radicais livres. Esses são responsáveis pela degradação do colágeno, substância essencial para a sustentação da pele. Dessa forma, a exposição excessiva aos raios UV, pode causar flacidez cutânea, deixando o rosto com menos firmeza e sem o contorno bem definido.

– Tabagismo: O cigarro prejudica a circulação de sangue pelo corpo, o que dificulta a síntese de colágeno e elastina.

– Alimentação: O consumo em excesso de açúcares e carboidratos pode levar a um processo chamado de glicação, que é a união de uma molécula de glicose com uma de proteína, danificando as fibras de colágeno e elastina, dando um aspecto envelhecido a pele.  Por outro lado, dietas muito restritivas diminuem o aporte nutricional a pele, o que também prejudica diretamente na qualidade dérmica.

– Gravidez: A gestação leva a um aumento do volume uterino com consequente distensão da pele. Nesta fase, quanto maior for o ganho de peso, maior será o estiramento da pele, dificultando ainda mais seu processo de retração.

 

Quem são os mais afetados

Todos nós estamos sujeitos a desenvolver qualquer tipo de flacidez, pois é uma disfunção que não depende somente do fator genético, como também dos nossos hábitos de vida, podendo ter variações no grau do acometimento e a região do nosso corpo (se localizada ou generalizada). Os que apresentam propensão à uma flacidez mais acentuada são os obesos que passarem por um processo de emagrecimento, cuja a pele não consegue retrair na mesma velocidade e com qualidade; os sedentários que nunca tiveram o hábito da atividade física; e os que se expuseram ao sol de maneira excessiva, sem proteção solar adequada.

 

Cuidados diários para prevenir

– Hidratação: A ingestão de água é fundamental para a melhora e manutenção da qualidade dérmica. A pele hidratada tem mais viço e é mais uniforme o que a torna ainda mais bela. Fazer uso de cremes com alto poder de hidratação também é fundamental pois esses formam uma barreira com o intuito de reter a água na pele, evitando a perda excessiva de água para o ambiente.

– Atividade Física: O trofismo muscular pode ser graduado em: hipotrofia (redução do volume e da força muscular), hipertrofia (aumento do volume e da força muscular) e atrofia (ausência total de trofismo muscular). A prática de atividade física regular estimula a produção de que leva a um aumento do trofismo muscular, prevenindo a flacidez muscular.

– Evitar à exposição solar excessiva e em horários cuja a incidência solar é muito forte (10hs às 16hs): A radiação solar propicia a produção de radicais livres, responsáveis pela degradação do colágeno.

 

Tratamentos disponíveis 

O principal e melhor tratamento para a flacidez é a PREVENÇÃO. Quanto antes agirmos para não deixarmos que ela evolua tão rapidamente, melhor. Os melhores   tratamentos e os mais realizados atualmente são:

Não cirúrgicos:

– Bioestimuladores de Colágeno: são substâncias capazes de estimular à produção de colágeno com uma durabilidade maior. Os bioestimuladores mais utilizados são: Sculptra – Ácido poli-L-lático (PLLA) e Radiesse – Hidroxiapatita de Cálcio (HaCA). Eles melhoram a qualidade dérmica, aumentando a sustentação, elasticidade e preenchimento.

– Radiofreqüência: Terapia capaz de induzir a produção de novas fibras de colágeno, através da geração de calor.

– Intradermoterapia: Aplicação de injeções intradérmicas de ativos farmacológicos diretamente na derme.

– Carboxiterapia: Consiste na aplicação de injeções de gás carbônico sob a pele com o intuito de melhorar a flacidez, por ser capaz de aumentar circulação periférica local e melhorar a oxigenação tecidual.

– Microagulhamento: Indução à produção de colágeno através de um estímulo mecânico gerado pelo rolamento de um cilindro contendo microagulhas sobre a pele.

– Fios de PDO: São compostos de Polidioxanona. Existem dois tipos: os lisos e os espiculados. Os lisos somente estimulam a produção de colágeno já os espiculados possuem espículas (garras) bidivergentes que promovem a tração e o efeito lifting além do estímulo à produção de colágeno.

Cirúrgicos:

– Lifting Facial: Também chamada de Ritidoplastia, é a cirurgia em que se retira o excesso de pele do rosto, papada e pescoço

– Abdominoplastia: Retirada do excesso de pele na região do abdômen

– Mamoplastia de aumento: Colocação de prótese mamária nos casos em que a flacidez não é muito acentuada na região das mamas, em que a prótese de silicone somente já é suficiente para preencher.

– Mastopexia: Retirada do excesso de pele na região da mama.

– Mastopexia com Prótese: Retirada do excesso de pele dos seios associada à colocação de prótese mamária.

– Blefaroplastia: Retirada do excesso de pele na região das pálpebras inferior e superior.

 

Quem deve procurar tratamento

Por ser uma disfunção estética progressiva e fisiológica em que todos nós iremos passar por ela, também cabe a todos nós cuidarmos para prevenir e retardar ao máximo o seu acometimento.  De acordo com os hábitos comportamentais, propensão genética e exposição aos fatores ambientais, o cuidado deve ser iniciado o quanto antes.

 

Esse artigo foi escrito por Juliana Vaz, dermatofuncional.

VAI COM CALMA! ESTRESSE ENVELHECE

Parece brincadeira, mas não é! Estudos recentes apontam que o estresse em mulheres aumentou muito na pandemia.

A liberação crônica de cortisol, o hormônio do estresse, causa atrofia cutânea, diminuição do número de fibroblastos, colágeno e elastina e também está associado ao aparecimento de rugas. Além do cortisol, picos de prolactina e adrenalina também aceleram a oxidação das células, pois esse hormônios liberam fatores inflamatórios que vão diretamente para nossa pele e cabelo.

Mas não se desespere. Com a ajuda de tratamentos e da tecnologia nós conseguimos reverter o envelhecimento. E se mantivermos um coração tranquilo, aí sim a juventude sobreviverá por muito mais tempo.

Você sabia que aqui no Instituto Rafael Fantin nós temos uma dermatofuncional que pode te ajudar? A Juliana Vaz Fantin é formada em fisioterapia e tem especialização em dermatofuncional e saúde estética.

Quer informações sobre os nossos tratamentos? Entre em contato pelo WhatsApp: (31) 99449-0577.