ÁGUA, NOSSO COMBUSTÍVEL FUNDAMENTAL

A água é essencial para a vida. Sendo o principal e mais abundante componente do nosso corpo, tanto que 70% do nosso peso corporal é água. E a maior parte desta água está localizada nas células. Idade, sexo ou gordura corporal são importantes para estabelecer esse percentual que afeta quase todas as funções do nosso organismo.

 

Considerando que nosso corpo não é capaz de sintetizar a água em quantidades suficientes ou armazená-la, devemos consumir regularmente. E por isso ela deve fazer parte da dieta alimentar em grandes quantidades, maiores, inclusive, que qualquer outro nutriente. Podemos perder quase toda a gordura e quase metade da proteína em nosso corpo e continuamos vivos, mas a perda de 1 a 2% da água corporal afeta a termorregulação, os sistemas cardiovasculares e sistema respiratório, além de limitar o físico e mental.

 

A sua composição e estrutura conferem muitas propriedades, permitindo todas as funções que lhe são observadas.

Podemos citar algumas funções, como auxiliar na digestão, transportar os nutrientes para as células, eliminar toxinas (fezes e urina), regular nossa temperatura, facilitar o fluxo sanguíneo, a reprodução e o movimento celular. Também atua como um lubrificante para as articulações e amortecedor para os olhos, o cérebro e a medula espinhal, impede que as mucosas sequem, como lágrimas, saliva na boca ou muco no nariz. Portanto, ter o hábito de beber água regularmente é sinônimo de um funcionamento adequado do organismo.

 

Regiões como o cérebro, pulmões, coração, fígado e rins possuem de 65% a 85% de água em sua composição. Os ossos, embora em menor grau, com aproximadamente 30%.

A água é um componente fundamental do sangue compondo 90%. Ela é a principal responsável pela regulação da temperatura no organismo, mantendo constante a temperatura corporal, independentemente do ambiente e da atividade metabólica. Isso é possível devido a sua alta condutividade térmica, permitindo a distribuição rápida e regular do calor corporal.

 

Sendo assim, em dias quentes temos a produção de suor para esfriar o corpo, através da evaporação da água. E de modo contrário, quando está frio, a água permite que o corpo elimine calor.

 

O corpo humano libera grandes quantidades de calor através do processo digestório e da contração muscular que necessitam ser eliminados para manutenção do equilíbrio. Isto significa que o efeito termogênico da digestão dos alimentos é de 10-15% do conteúdo calórico de uma dieta mista. Já a contração muscular chega de 70-75% da produção de energia na forma de calor.

 

No intuito de evitar um aumento perigoso da temperatura, a água absorve o calor onde é gerado e o dissipa em compartimentos líquidos do corpo, minimizando o risco de dano nas enzimas ou estruturas de proteína. Além disso, como já comentado, a água também evapora para garantir o resfriamento do corpo. Diante desta situação, caso ocorra uma produção excessiva de calor, esta eliminação será em quantidades pequenas, evitando a desidratação. Mesmo que o ato de suar seja uma forma muito eficaz de remover o calor, quando ocorre por tempo prolongado, pode levar à perda excessiva de água e causar problemas graves e até fatais pelo aumento da temperatura corporal e a ineficiência de liberar este calor. Daí a importância de garantir que essa quantidade não fique abaixo de certos limites.

 

Esse artigo foi escrito pela nutricionista Mariana Teixeira