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CREATINA: UM OLHAR ALÉM DO TREINO

Quando se pensa em creatina, sempre vem à mente assuntos relacionados com atletas e praticantes da musculação. Porém, os benefícios da creatina vão muito além da melhora da performance e ganho muscular.

 

A creatina é uma molécula construída de aminoácidos que está ligada à regeneração das moléculas que fornecem energia para as células. Ela é importante em tecidos com elevada demanda de energia, como o cérebro e os músculos. É produzida pelo nosso corpo (fígado, rins e pâncreas) em uma quantidade próxima de 1 grama por dia. Porém, a quantidade diária mínima de creatina que o corpo precisa para manutenção do funcionamento adequado, varia entre 1g a 3g. Sendo sua principal fonte através da dieta (carne vermelha, frango e peixe). Saiba que para se obter 5g de creatina, teria que se consumir 1Kg de carne vermelha. Por isso, é tão recomendada sua suplementação.

 

Desde 2003, já existem estudos científicos demonstrando que a suplementação com creatina pode melhorar significativamente a cognição e retardar a fadiga mental. Isto é possível, devido a creatina ser essencial para o bom funcionamento cerebral e na sua deficiência pode ocorrer retardo mental. Às vezes, essa carência é sutil, levando a uma leve baixa do desempenho mental, sem que o indivíduo tenha consciência.

 

De maneira resumida, a suplementação de creatina pode contribuir para um funcionamento cerebral superior:

  • Memória aprimorada e maior capacidade de retenção;
  • Maior resistência à fadiga cognitiva, inclusive após atividade mental extenuante, assim como retardo da fadiga mental após exercício físico extenuante;
  • Aumento no Q.I e maior capacidade de concentração na atividade, sem desvio da atenção;
  • Melhora da saúde cognitiva geral e de idosos.

Além disso, a creatina apresenta:

  • Os já conhecidos e comprovados benefícios nas performances físicas e de ganho muscular;
  • Sarcopenia em idosos (perda de massa magra);
  • Efeito cardioprotetor;
  • Efeito neuroprotetor.

 

Os efeitos da creatina são poderosos e vão além na área terapêutica também. Atualmente, já existem inúmeros estudos sobre seus efeitos antioxidantes diretos e indiretos em várias doenças neurodegenerativas, incluindo o mal de Parkinson, Huntington e Alzheimer. Além do seu papel positivo em pacientes com fibromialgia, transtornos mentais e de desenvolvimento, como retardo mental, atrasos de aprendizagem e autismo, por exemplo.

 

Agora você irá entender como apenas uma única molécula é capaz de tamanhas façanhas.

O funcionamento da creatina acontece no cérebro de um modo semelhante ao funcionamento muscular.  A enzima creatina quinase (CK), envolvida no mecanismo de ação da creatina, também é expressa no cérebro. Dessa forma, a creatina é essencial para o fornecimento de energia ao sistema nervoso central também. Primeiramente, a creatina é armazenada como fosfato de creatina no corpo e depois é captada pelos miócitos (células musculares) e pelos neurônios (células cerebrais) para a síntese do trifosfato de adenosina (ATP), a fonte de energia celular.

Como os miócitos e neurônios são células altamente ativas, necessitam consumir grandes quantidades de energia na forma de ATP e a eficiência destas células depende de quão rapidamente elas conseguem reciclar o fosfato para geração de mais ATP.

Portanto, a creatina aumenta a quantidade de fosfato disponível, aumentando também o armazenamento e a produção de energia para o cérebro, tonando nossa máquina cerebral mais potente e garantindo uma boa saúde cognitiva no dia a dia.

 

A creatina é um dos suplementos mais solidamente pesquisados e de consumo seguro, isentos de qualquer efeito colateral. A melhor creatina ainda é a monoidratada e com alto grau de pureza. Quanto a quantidade ideal da sua suplementação na área clínica, não existem dados conclusivos a fim de aumentar o suprimento cerebral.

Porém investiga-se que pode ser necessária uma alta dose de longa duração (cerca de 20g/dia por 4 semanas), visto que o cérebro tem se mostrado resistente à creatina exógena (fonte externa).

 

Esse artigo é de autoria da nutricionista Mariana Teixeira

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