DIETA RICA EM GORDURA REDUZ A SACIEDADE

Gordura e saciedadeUma pesquisa realizada pela Universidade de Washington, Estados Unidos, demonstrou que uma alimentação rica em gorduras pode alterar a microbiota intestinal (flora intestinal), levando há um processo inflamatório local. Essa inflamação acomete os neurônios que transmitem informações ao cérebro, gerando interferências na comunicação e, por isso, alterando a habilidade cerebral em reconhecer a saciedade.

Resumindo, quem tem o hábito de ingerir alimentos mais gordurosos tende a não se sentir tão saciado. Isso faz com que a pessoa, na sua busca pela saciedade, coma mais calorias que o necessário e engorde.

Ainda não está claro se esta alteração é temporária ou intermitente. Porém, desde então, acredito que este é um dos motivos pelos quais crianças submetidas a uma dieta rica em gordura apresentem maior chance de serem adultos obesos. Pode ser também a razão de muitos pacientes relatarem essa dificuldade de se saciarem plenamente.

A dica que dou é: coma alimentos ricos em fibras!

Além de auxiliar no aumento da sensação de saciedade, a fibra reduz o potencial de absorção intestinal de gorduras. Portanto, aposte nas verduras, legumes, frutas e alimentos enriquecidos em fibras (pão integral, macarrão integral, etc.).

ATIVIDADE AERÓBICA EM JEJUM EMAGRECE?

Atividade aeróbica em jejum emagrece?

Há muitos anos vem sendo hipotetizado que a atividade aeróbica em jejum emagrece. Na teoria, treinar após uma noite de jejum aceleraria a queima de gordura, já que haveria uma redução do nível basal de insulina e do estoque de glicogênio hepático (glicose do fígado), o que forçaria uma maior utilização da gordura como fonte energética com o objetivo de poupar o glicogênio muscular.

No intuito de se testar esta hipótese, foi realizado um estudo com 2 grupos de pacientes. O primeiro grupo realizaria a atividade em jejum e se alimentaria logo após o término do exercício, já o segundo grupo se alimentaria um pouco antes de se exercitar. Todos os pacientes receberam dietas hipocalóricas e foram reavaliados após 40 semanas de treinamento.

Os pacientes que se exercitaram em jejum não apresentaram uma maior redução do peso, do IMC, do porcentual de gordura corporal, da circunferência abdominal e da massa livre de gordura, ao se comparar com os pacientes que se alimentaram antes do exercício.

Nos pacientes que se exercitaram em jejum, realmente foi observado uma maior queima de gordura durante a atividade física, porém, ao longo do dia houve uma menor utilização de gordura como fonte energética, assim, tornando o seu gasto total de gordura diário semelhante ao grupo que se exercitou após uma refeição.

Então, resumindo, A PRATICA DE ATIVIDADE AERÓBICA EM JEJUM NÃO EMAGRECE, compromete a qualidade do treinamento e nos predispõe a um maior risco de lesões

GASTAR CALORIAS NÃO É IGUAL A QUEIMAR GORDURA

GastarCaloriasExiste um intervalo ideal de intensidade para atividades físicas específicas para perda de gordura corporal (60 a 75% do VO2 max). Ao exceder esta intensidade há um aumento do gasto calórico total, porém, com uma redução significativa da queima de gordura e com um aumento do uso de glicose hepática e muscular como fonte de energia.

Ao término do exercício, esta reserva de glicose será reposta principalmente pela dieta, não havendo um aumento importante da queima de gordura durante o repouso.

Então, se sua meta é perder peso, como você cansará menos nesta zona de intensidade, o melhor é aumentar o seu tempo total de treinamento.

A melhor maneira de estabelecer estas intensidades é pelo teste ergoespirométrico.

COMER DE 3 EM 3 HORAS EMAGRECE?

COMERDE3EM3HORASO simples fato de comermos de 3 em 3 horas não emagrece e muito menos acelera o metabolismo. Os principais estudos sobre emagrecimento demostraram que o importante não é a quantidade de vezes que você se alimenta ao dia, mas sim a quantidade diária de caloria ingerida.


A frase correta seria comer de 3 em 3 horas AJUDA a emagrecer, pois com fome nos alimentamos mais rápido e com uma maior tendência a escolher alimentos hipercalóricos, não dando tempo suficiente para os hormônios da saciedade e da redução do apetite agirem, então, acabamos comendo mais calorias do que deveríamos.


Se for lanchar com fome a dica é comer antes uma fruta e aguardar aproximadamente 10 minutos para reduzir o apetite e, no almoço, sempre começar pela salada e legumes.

VIAJEI E ENGORDEI! E AGORA?

Viajei e engordei

É uma reclamação quase universal o ganho de peso após uma viagem.
Ao sairmos da rotina alteramos totalmente o nosso estilo de vida. Além de piorar muito a alimentação, reduzimos ou suspendemos a prática do esporte.
Ao chegar, não se assuste com o seu peso, pois parte dele é edema causado pelo aumento da ingesta de sal e/ou de bebidas alcoólicas e reduzirá em 1 semana.Cada indivíduo apresenta uma relação peso basal x metabolismo basal.
Então, se aumentarmos ABRUPTAMENTE de peso nosso metabolismo tende a acelerar para retornarmos ao peso basal.
Caso o seu peso estivesse estável antes de viajar, não se preocupe, pois com o retorno às atividades diárias o mesmo retornará ao basal em umas 3 semanas.
Aqueles que emagreceram para viajar poderão ter um maior ganho de peso, já que estarão com uma desaceleração metabólica durante a viagem. Portanto, seu peso provavelmente retornará àquele pré-emagrecimento.
O conselho é sempre levar o seu tênis para aonde for. Esporte é vida e rua tem em todo lugar.

ENGORDEI MUITO APÓS A GESTAÇÃO E NÃO CONSIGO EMAGRECER!

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É muito comum a mulher aumentar de peso após a gestação e muito se pergunta se isso tem uma causa hormonal.

Primeiramente, é preciso entender que nos primeiros anos após o parto ocorre uma mudança radical no estilo de vida da mulher. Ela passa a dormir mal, está sempre cansada, pratica pouca atividade física e piora muito a qualidade nutricional. Portanto, o principal motivo do aumento de peso neste período é o mau hábito.

Outra queixa é a dificuldade de perder o peso adquirido durante a gestação. No consultório, chegam mães ainda amamentando com o desejo de usar medicações para emagrecer. Neste momento, todo cuidado é pouco! Existem pouquíssimos medicamentos que podem ser usados com segurança durante a amamentação.

O  melhor remédio para se perder peso é amamentar! O aleitamento materno gasta até 700 kcal/dia.

Apesar de menos comum, existem sim algumas alterações hormonais que podem dificultar a perda de peso nestes momentos. O hipotireoidismo pós-parto ou a Síndrome de Sheehan são alguns exemplos.

Se você está passando por esta dificuldade, procure um endocrinologista e tenha cautela. O emagrecimento é um processo cauteloso, que tem que ser saudável para mãe e filho.

EFEITO SANFONA E O FUTURO AUMENTO DE PESO

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O processo cíclico de perda e reganho de peso através de adaptações hormonais (leptina, adiponectinas, cortisol, etc.), muito utilizado por lutadores para competir numa categoria de peso inferior, estimula a hiperplasia das células adiposas (gordura), o que leva a um maior ganho de peso a longo prazo.

Portanto, os atletas que fazem uma dieta agressiva pré-temporada, vão apresentar um desafio cada vez maior para otimizar sua composição corporal nas temporadas subsequentes.

As mesmas alterações ocorrem nos pacientes que perdem peso rapidamente através de fórmulas mal elaboradas. Notamos um ganho de peso acima do perdido, além da associação indesejada das estrias e celulites.

Por isso, para alcançar seu objetivo trace uma meta e procure uma orientação adequada. Soluções mágicas podem trazer péssimas surpresas.

ALIMENTOS TERMOGÊNICOS NÃO EMAGRECEM!

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Você consome termogênicos para emagrecer? Então, vamos por partes!

Os alimentos são considerados termogênicos quando o corpo gasta energia para digeri-los, absorvê-los e armazená-los. Isso nada tem a ver com aceleração do metabolismo, ok?

Para exemplificar, vamos pensar num alimento de 40 calorias sobre o qual o corpo gasta 10 calorias para processá-lo. Esse é o seu efeito termogênico! Significa que das 40 calorias, apenas 30 calorias serão usadas como fonte de energia.

Uma diferença entre quantidade de calorias consumidas x absorvidas que não acontece com um alimento não termogênico. O açúcar, por exemplo, não exige do corpo nenhum gasto energético para ser processado, logo toda caloria do alimento será usada como fonte energética.

Portanto, cuidado ao consumir alimentos termogênicos desnecessariamente!

Isso acarretará num consumo calórico extra e não em um aumento do metabolismo, porque NENHUM alimento é capaz disso.

Quer gastar energia sem sair do lugar? Compre uma esteira!

TREINAMENTOS INTERMITENTES DE ALTA INTENSIDADE (HIIT)

Os HIIT são aqueles treinamentos em que os atletas apresentam períodos de ataques de alta intensidade, intercalados com intervalos de recuperação ativa. Os períodos de atividade intensa podem durar de 5 segundos a 8 minutos e devem ser realizados com a frequência cardíaca de 80 a 90% da máxima e os períodos de recuperação podem ser igualmente longos e, usualmente, são realizados com a frequência cardíaca de 40 a 50% da máxima. A relação entre atividade intensa e recuperação ativa é normalmente de 1:1.

O treinamento HIIT melhora a capacidade aeróbica e anaeróbica, a pressão arterial, a saúde cardiovascular, a sensibilidade à insulina, o controle da glicose e do colesterol e a redução da gordura abdominal.

Os HIIT podem ser realizados em várias modalidades, como musculação, crossfit, corrida, ciclismo, caminhada, natação, futebol, handebol, basquete, vôlei, tênis, mountain-bike, entre outros. Um dos motivos da febre dos HIIT é a queima acelerada de calorias, principalmente após o término do treinamento. Após uma atividade física intensa, temos um déficit de oxigênio pós exercício (EPOC), assim, a nossa taxa metabólica fica mais acelerada por mais duas horas (em média) com o intuito de restaurar a homeostase corporal. Com um treino HIIT bem elaborado, este período EPOC aumenta de 6 a 15%, aumentando assim o gasto energético total. Essa forma de treinamento é mais exaustiva que uma atividade aeróbica comum (endurance) e, por isso, um maior período de recuperação é necessário.

VERGONHA POR ESTAR ACIMA DO PESO?

Se você respondeu sim, você não está sozinho!

Uma pesquisa mostrou que mais da metade dos adultos com sobrepeso da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos já sentiu vergonha diante de médicos, familiares, amigos, colegas de classe e colegas de trabalho.

O estigma do peso é inimigo da saúde! Nós precisamos cuidar de todos como seres feitos de emoções e que merecem respeito e dignidade.

As causas da obesidade são complexas e muitas vezes fora do controle pessoal, e não podemos culpar as pessoas por isso. Inquestionavelmente, principalmente na sociedade de hoje, o ganho de peso tem muito a ver com aos maus hábitos de vida, com consumo de muitos alimentos processados e pouca atividade física. Mas a genética, as condições socioeconômicas, os acessos e os distúrbios emocionais também devem ser levados em conta.

Não se envergonhe! Busque ajuda e seja mais feliz.