PESO E TIREÓIDE

PESO E TIREÓIDE

Por que o emagrecimento ou ganho de peso pode ter alguma relação com o funcionamento da tireoide?

A tireoide é a gasolina do corpo, age estimulando o funcionamento nos diferentes órgãos, portanto ela estimula o metabolismo e o gasto energético.

Quando a tireoide esta funcionando menos no caso do hipotireoidismo a paciente vai ter um gasto energético reduzido, além de retenção de líquido o que ocasiona um aumento de peso em torno de 10% do peso corporal. Já no hipertireoidismo ocorre o contrário, há um aumento do metabolismo e do gasto energético que o paciente não consegue compensar com o concomitante aumento do apetite.

Mas é preciso salientar que é um mito dizer que uma pessoa é gorda ou magra porque tem problema de tireoide. Estas disfunções causam alteração transitória do peso enquanto o paciente não está sendo tratado.

Uma vez iniciado o tratamento, o peso dependerá da ingesta e do gasto calórico como ocorre com qualquer pessoa saudável.

Fonte: departamento de tireóide da SBEM.

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AUMENTO DE PELOS AO EMAGRECER

7678_545462345614508_7997066181152836195_nCom a diminuição da porcentagem de gordura corporal, há uma redução da função absoluta da enzima aromatase presente no tecido adiposo. Esta enzima, é a responsável pela transformação da testosterona e de seus precursores em estradiol/estrona (hormônios femininos).

Na mulher, ao se reduzir a proporção estrogênio/testosterona, as células da derme (pele) estarão sobre um estímulo hormonal mais propício para o surgimento de pelos grossos e indesejáveis no rosto, pescoço, tórax, abdome e dorso.

Nas mulheres, a baixa porcentagem de gordura corporal é sempre um diagnóstico diferencial do excesso de pelos, principalmente nas pacientes em que os exames de sangue não demonstram alteração hormonal significativa.

 

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VITAMINA C: PORQUE SUPLEMENTAR

Na época da residência de clínica médica, foi me ensinado que a deficiência da vitamina C em nosso organismo era muito rara, já que está presente em boa parte dos alimentos que ingerimos diariamente. Mas, não foi isso que notei quando iniciei na medicina esportiva.

A vitamina C é muito importante em várias reações metabólicas e também tem propriedade antioxidante. Portanto, um atleta com deficiência desta vitamina não alcançará um alto desempenho. A partir deste conhecimento, passei a solicitar a dosagem de vitamina C e fiquei bem aflito com os resultados, já que vários dos meus atletas, inclusive os de elite, apresentavam tal deficiência.

A deficiência da vitamina C pode se manifestar como cansaço, fraqueza, dores musculares e articulares, pele ressacada, queda de cabelo, sangramento gengival e nasal, hematomas espontâneos, falta de apetite, perda de peso, mudanças de humor, anemia, má cicatrização e redução da imunidade.

Os alimentos ricos em vitamina C são: lichia, laranja, tangerina, limão, manga, abacaxi, goiaba, melão, kiwi, morango, acerola, caju, tomate, brócolis, espinafre, aspargos, couve Verde, repolho, rúcula e agrião.

Você sabe como anda a sua vitamina C? Consulte um endocrinologista!

FADIGA ADRENAL

Fadiga Adrenal

Nota de esclarecimento sobre “Fadiga Adrenal” (Posicionamento oficial da SBEM).

“Fadiga adrenal” é um termo que alguns grupos têm utilizado numa condição em que o corpo reage ao estresse contínuo.

Os defensores desta síndrome acreditam que as adrenais podem simplesmente se cansar quando colocadas para trabalhar continuamente, num estresse crônico.

Os sintomas incluiriam cansaço, indisposição, fraqueza, dificuldade em acordar de manhã, necessidade de usar estimulantes, entre outros. Todos estes sinais e sintomas são inespecíficos e estão associados a diversas doenças e também ao atual estilo de vida de diversas populações, com alto grau de sedentarismo, obesidade e alimentação e sono inadequados.

Uma alimentação adequada, a busca de um peso saudável e uma rotina de atividades físicas regulares fundamentam o tratamento. Na grande maioria das vezes, estas mudanças são suficientes para promover uma melhora significativa nos sintomas, além da qualidade de vida do indivíduo.

Entretanto, os defensores da “fadiga adrenal” eventualmente recomendam “suplementos de hormônio adrenal” (hidrocortisona, prednisona, prednisolona, dexametasona, entre outros), principalmente sob a forma de “fórmulas magistrais” (preparadas em Farmácias de Manipulação). Neste caso, se você não apresentar falta dos corticosteroides, isto pode ser perigoso e trazer importantes consequências para a sua saúde. Os corticosteroides são usados na Insuficiência Adrenal para repor os corticoides que estão faltando.

O uso inadequado de corticosteroides pode estar associado a alguns efeitos adversos (alguns deles extremamente graves), como aumento da pressão arterial sistêmica, ganho de peso, aumento da glicose no sangue, alterações no humor (como depressão e/ou ansiedade), redução na massa óssea (osteoporose), entre outros. Além disso, o uso prolongado pode, inclusive, atrapalhar o funcionamento adequado das próprias adrenais em longo prazo. Se você usa algum corticosteroide (hidrocortisona, prednisona, prednisolona, dexametasona, entre outros), deve haver um diagnóstico que justifique isto.

“FADIGA ADRENAL” não é um diagnóstico médico reconhecido!!!

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ANABOLIZANTES E ACNES (ESPINHAS)

Anabolizantes e espinhas

Uma das principais queixas dos usuários de esteróides anabolizantes é o surgimento rápido e intenso de espinhas.

Ao se ligar aos receptores de androgênios da pele, a testosterona irá aumentar o crescimento das glândulas sebáceas, desestabilizará a barreira protetora da epiderme e prejudicará a cicatrização da pele, propiciando o surgimento das acnes.

O tempo necessário para a melhora da pele depende da dose e do tipo de esteróide utilizado.

O paciente deve procurar um dermatologista para a realização de um tratamento tópico e um endocrinologista para uma reorganização hormonal e uma prescrição de medicamentos que possam acelerar o tempo de recuperação.

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DISTÚRBIO OVULATÓRIO E GANHO DE PESO

DISTÚRBIO OVULATÓRIO E GANHO DE PESO

 

Uma das maneiras de determinar o dia em que uma mulher ovulou é pela aferição da temperatura corporal diária.

Após a ovulação, há um aumento do nível da progesterona plasmática em até 1300%, que causa uma elevação da temperatura corporal de aproximadamente 0,3 graus. Este aumento da temperatura permanece durante toda a segunda fase do ciclo (fase lútea), que termina com a menstruação, tendo uma duração média de 14 dias.

Para elevar a temperatura corporal em 0,3 graus, a taxa metabólica basal da mulher aumenta em torno de 300 kcal/dia. Então, no mês em que a mulher ovula, ela aumenta o seu gasto energético mensal em aproximadamente 4200 kcal.

Este aumento da taxa metabólica é um dos motivos da compulsão alimentar relatada por algumas pacientes próximo ao período menstrual.

Um outro motivo de ganho de peso nas mulheres com distúrbio ovulatório pode ser a própria causa da anovulação, como a síndrome metabólica, a resistência insulínica, o hipotireoidismo e o hipercortisolismo.

Não devemos confundir irregularidade menstrual com distúrbio ovulatório, já que nem sempre, a mulher que apresenta o ciclo menstrual irregular deixa de ovular. Sempre faça um acompanhamento ginecológico e endocrinológico.

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USO DE ANTICONCEPCIONAL E A REDUÇÃO DA LIBIDO.

USO DE ANTICONCEPCIONAL E A REDUÇÃO DA LIBIDO.

Frequentemente, sou procurado por mulheres mais jovens, devido a queixa de baixa libido.

Entre as causas, uma das principais é o uso de anticoncepcionais com ação progestágena antiandrogênica.

No intuito de reduzir a oleosidade da pele, a acne e o crescimento de pelos indesejáveis, os anticoncepcionais que levam a redução da testosterona endógena feminina, estão sendo mais utilizados.

Como a testosterona, os seus metabólitos e a conversão intracelular da testosterona em estradiol são importantes hormônios da excitação, a redução da libido é um efeito colateral comum destes medicamentos.

No controle destas pacientes, notamos uma testosterona plasmática reduzida, que aumenta significativamente após a suspensão ou a troca do anticoncepcional, associado à normalização da libido feminina.

Procure sempre um endocrinologista e um ginecologista para o seu acompanhamento e tire todas as suas dúvidas.

Mais informações em www.endocrinologiaesportiva.com.br

ALERTA SOBRE FALSAS PROMESSAS DE CONTROLE DO DIABETES

Falsa promessas de controle do Diabetes

Temos que ser bem atentos com as escolhas dos nossos médicos.

Não existe milagre!!!!

Se a promessa for grande desconfie!!!!

A medicina é baseada em evidências e não em achismos!!! São anos de estudos e de pesquisas!

Este aviso da Sociedade Brasileira de Diabetes foi elaborado devido à uma propaganda de um médico bem importante nas redes sociais que anda prometendo a cura da diabetes através de uma alimentação sem carboidrato.

A dieta do diabético deve ser muito bem balanceada, pois se for rica em gordura aumenta a mortalidade cardiovascular e se for rica em proteína leva à alteração renal!
Procure sempre um Endocrinologista titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

ANABOLIZANTES E ALTERAÇÕES DE PELOS E CABELO

ANABOLIZANTES E ALTERAÇÃO DE CABELO E PELO

 

Os esteróides anabolizantes podem levar a uma intensa queda de cabelo e ao surgimento de pelos grossos pelo corpo, principalmente na face e no tórax.

O grau de aumento dos pelos depende da dose, da duração e do tipo de esteróide aplicado. O surgimento dos pelos vai durar enquanto houver um aumento da testosterona circulante e infelizmente são permanentes.

A queda de cabelo vai ocorrer principalmente nas pacientes que apresentam uma predisposição genética (história familiar importante) e sua intensidade também depende da quantidade e do tipo de esteróide utilizado.

Após a normalização da testosterona plasmática a queda de cabelo pode durar por mais 6 meses, pois o cabelo que nasceu com um estímulo hormonal inadequado tem uma qualidade inferior e uma tendência maior a cair. Após este período haverá uma melhora completa da queda e uma normalização da quantidade de cabelo, exceto nas pacientes que apresentam uma alopécia androgênica (semelhante a masculina), na qual será irreversível.

O tratamento é realizado com medicamentos antiandrogênicos, com estimulantes do crescimento do cabelo e com procedimentos estéticos. Sempre procure o endocrinologista e o dermatologista para uma terapia adequada.

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS E ATIVIDADE FÍSICA

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) é diferente de ovários policísticos. A SOP é uma desordem metabólica e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

O aumento da resistência insulínica e da insulina plasmática, com alteração do colesterol e aumento dos marcadores inflamatórios, é o que caracteriza a gravidade desta síndrome.

Por isso, estudos recentes compararam alguns tipos de treinamento para identificar qual exercício é mais eficaz quanto ao melhoramento da resistência insulínica em pacientes com SOP. Numa avaliação feita entre HIIT, musculação e aeróbico, o HIIT foi o único a demonstrar resultados satisfatórios, independentemente da perda de peso ou da dieta.

A síndrome dos ovários policísticos é diagnosticada a partir da confirmação de 2 dos 3 critérios: microcistos ovarianos (12 ou mais cistos de 2 a 9 mm na periferia ovariana ou um volume ovariano > 10 ml), excesso de hormônios masculino (sinais clínicos e/ou aumento da testosterona plasmática) e alteração menstrual.

A SOP é a endocrinopatia mais comum em mulheres na idade reprodutiva (20% das mulheres) e é uma das principais causas de infertilidade.

Tem SOP ou sofre com desordem hormonal? Faça o acompanhamento com um endocrinologista. Só assim conseguimos controlar as funções metabólicas e evitar problemas colaterais.